Depois que um relatório da empresa de marketing e sustentabilidade Yard, do Reino Unido, colocou a cantora e compositora Taylor Swift como “campeã dos infratores” entre as celebridades que mais emitem poluentes com seus jatinhos particulares, um grande debate se abriu sobre os impactos das decisões individuais nas mudanças climáticas.
Essa não é a primeira vez que aviões particulares – que comprovadamente emitem muito CO2 – são ligados aos hábitos de pessoas famosas. Afinal, para fretar um jato para voos de pouco mais de uma hora, como faz comumente a autora de “I knew you were trouble”, é preciso ter muita grana.
Assim, além de Taylor, a Yard também “denunciou”, com base na página CelebrityJets no Twitter, várias celebridades, como o lutador Floyd Mayweather, o rapper Jay-Z (também conhecido como marido da Beyoncé), o jogador de beisebol A-Rod e o cantor de country music Blake Shelton, entre outros.
Mas, será que patrulhar a Taylor Swift vai mudar o planeta?
Fonte: Steve Buissinne/Pixabay/ReproduçãoFonte: Steve Buissinne/Pixabay
Logicamente, o comportamento de qualquer pessoa, seja o da Taylor Swift em seus 22.923 minutos de voo em 2022 ou qualquer um de nós indo ao cinema de carro, tem impacto nas mudanças climáticas. Mas, será que "enquadrar" todos esses famosos por emissões excessivas seria suficiente, por exemplo, para cumprir as metas do acordo de Paris?
Em email enviado ao site Axios, a cientista climática da NASA, Kate Marvel, resumiu a questão: "Meu sentimento é de que, embora eu prefira que Taylor Swift tome decisões de transporte mais responsáveis, gritar com celebridades na internet não está na minha lista pessoal de dez prioridades políticas."
À publicação, o economista climático austríaco Gernot Wagner afirmou que tudo isso não passa de “distração”. Ou seja, ao focar nos hábitos de consumo, mesmo exagerados, de pessoas físicas, estamos permitindo que os grandes poluidores – como indústrias de combustíveis fósseis – “passem a bola” de suas responsabilidades para os consumidores.
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