Tremores nos olhos ou nas pálpebras podem ser causados por uma infinidade de fatores. O mais comum é que sejam decorrentes de estresse ou do consumo de substâncias como a cafeína e o álcool.
Se forem persistentes, entretanto, podem ser sinal de problemas de saúde mais graves e merecem a atenção de um especialista. Saiba mais a seguir das diferentes causas desse sintoma e descubra como tratá-las.
Espamos repetidos das pálpebras são causados principalmente por estresse ou consumo de cafeína e álcool. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
"Mioquimia" é o termo médico para os espasmos repetitivos e involuntários das pálpebras. Na linguagem comum, a condição é conhecida como tremor das pálpebras ou dos olhos e está, muitas vezes, associada ao estresse ou ao consumo excessivo de café.
Entretanto, a causa pode ser diferente do que se pensa, principalmente em pacientes que apresentam os tremores de maneira muito recorrente.
Os episódios do sintoma costumam ser imprevisíveis. Com duração de poucos segundos a até 2 minutos, os espasmos podem ocorrer em sequência por vários dias para, em seguida, desaparecerem por meses.
Por que a pálpebra começa a tremer involuntariamente?
Especialistas atualmente classificam pálpebras tremendo em três tipos: espasmo geral da pálpebra, blefaroespasmo essencial e espasmo hemifacial. O espasmo hemifacial afeta apenas um dos olhos, é considerado uma desordem neuromuscular e tem origem genética.
Nesses casos, o tremor incontrolável e frequente dos olhos é causado pela pressão excessiva de certos vasos sanguíneos sobre os nervos do rosto. Junto a esse sintoma, o problema também gera espasmos musculares no rosto e incapacidade de abrir os olhos.
Casos de espasmo hemifacial afetam apenas um lado do rosto. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Já os casos de blefaroespasmo essencial são aqueles crônicos. Neles, o paciente tem o hábito incontrolável de piscar. Geralmente afetando os dois olhos, essa doença é bem rara. Nos Estados Unidos, estima-se que atinja apenas 50 mil pessoas.
Na maioria das vezes, entretanto, o problema não passa de um espasmo normal, que não indica problema mais sério algum. Geralmente, as contrações nesses casos são causadas pelo consumo de algumas substâncias, pelo estresse ou pela falta de sono e desaparecem com o repouso.
Pálpebra tremendo pode ser sinal de outras doenças?
Os tremores nos olhos podem causar algumas complicações para a saúde do paciente, principalmente se forem resultados de condições mais sérias, mas casos como esses são mais raros.
Existem alguns sintomas que acompanham os espasmos e servem de indicativos para esses quadros, como vermelhidão dos olhos, perda de controle da pálpebra e espasmos que afetam outras regiões do rosto.
Pacientes que sofrem tremores por muitas semanas seguidas e têm algum desses outros sinais devem procurar um clínico geral ou oftalmologista para um diagnóstico adequado.
Casos persistentes e acompanhados de outros sintomas podem ser sinais de doenças mais graves. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Isso porque quadros como esse podem ser consequências de danos causados aos nervos ou desordens do próprio cérebro. É o caso de pessoas com síndrome de Tourette, por exemplo, ou doença de Parkinson.
Também podem ser sintomas de outras condições, como esclerose múltipla, paralisia facial ou distonia – doença que causa espasmos musculares e torções de certas partes do corpo, inclusive da cabeça e do pescoço.
Como evitar o tremor nas pálpebras?
Caso pálpebras tremendo sejam consequência do consumo de alguma substância, a melhor maneira de prevenir a ocorrência é cortar o hábito. Acontece, porém, que nem sempre é fácil enxergar essa relação.
Uma boa maneira de identificar esses causadores é registrando o momento em que tremores ocorrem e quando houver o consumo de alguns produtos suspeitos, como a cafeína, o tabaco e o álcool, que costumam ser a razão desse problema em muitos pacientes.
Anotar o tempo de sono também pode ajudar pessoas que querem saber quais são os motivos de as pálpebras tremerem. Caso se descubra que noites mal dormidas estejam acarretando esse desconforto, é necessário adotar melhores hábitos noturnos.
Deitar-se mais cedo, evitar o uso de celular ou outras telas e criar um ambiente escuro e silencioso são técnicas que, comprovadamente, melhoram a qualidade do sono e podem colocar fim aos espasmos das pálpebras.
Apenas em casos mais graves especialistas podem recorrer a medicamentos e até mesmo cirurgias, como a aplicação de botox. Esse tratamento é comum para os quadros de blefaroespasmo essencial, mas resolve o problema apenas temporariamente.
A maioria dos quadros, entretanto, não precisa de tratamento e desaparece apenas com simples mudanças de hábitos. Aprender a lidar com o estresse, evitar certas substâncias e colocar o sono em dia pode ser mais que o suficiente para recuperar o controle dos olhos.