Após assolar Portugal e Espanha desde o início deste mês, uma onda de calor sem precedentes está em andamento na França e no Reino Unido, onde, a exemplo do que ocorreu nos países ibéricos, poderá bater todos os recordes nacionais de temperaturas altas, causando milhares de mortes.
Helicóptero sobrevoa incêndio em Braga, Portugal (Fonte: Shutterstock)
A ocorrência é apontada por autoridades locais como emergência de saúde pública, ligada às mudanças climáticas.
Em Portugal, por exemplo, mais de 1.000 pessoas morreram nos últimos dias, a maioria delas idosos. No sábado (16), a CBS divulgou que o Instituto de Saúde Carlos III, da Espanha, que registra as mortes diárias do que vem sendo chamado de “segunda onda de calor do verão”, 360 pessoas morreram como consequência da elevação brutal das temperaturas no país, no período de 10 a 15 de julho.
Muitas regiões atingiram picos inéditos, e seguidos, de 43º C.
Incêndios pioram o cenário
Para agravar o cenário desolador, milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em Portugal, Espanha e França, enquanto bombeiros passaram a combater incêndios florestais provocados pela onda de calor.
Em Portugal, informa o jornal britânico The Guardian, um “estado de contingência” encontra-se em
vigor desde o dia 10, com mais de 2 mil bombeiros combatendo 28 incêndios.
Volumosos incêndios florestais também atingiram o sudoeste da França, na região de Gironde, onde há pelo menos 28 mil cidadãos retirados de suas casas. Já na Espanha, os bombeiros combateram a propagação do fogo em mais de 4 mil hectares de terra.
Os termômetros registraram 45ºC na região de Extremadura, local em que o fogo atingiu o parque de Monfragüe, famoso por sua biodiversidade e avifauna.
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