Daqui a uma semana, a ansiedade e a curiosidade naturais que hoje estão presentes em todas as pessoas que observam o Universo chegarão ao fim. Na próxima terça-feira (12), a NASA começará a liberar as primeiras imagens completas tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), atualmente a nossa melhor testemunha de exoplanetas e buracos negros.
O evento, que terá início no dia 12 julho às 11h30 no horário de Brasília, poderá ser assistido diretamente no site da NASA TV, ou agendado no YouTube. Para quem preferir apenas curtir as imagens em cores e os dados espectrais do JWST, elas serão adicionadas em uma página especial, mas a agência avisa que colocará as fotos aos poucos, uma a uma.
Por que as imagens do James Webb são diferentes?
A expectativa em torno da exibição das imagens do Telescópio Espacial James Webb se justifica: diferentemente dos demais telescópios existentes – inclusive o Hubble – o JWST opera no espectro infravermelho. Isso significa que ele irá mostrar regiões do universo que não podemos ver a olho nu.
Assim que as estrelas e galáxias vão se afastando de nós, os comprimentos de onda de luz emitida por elas vão se esticando, como um elástico supercomprido, até atingir a região infravermelha do espectro eletromagnético. Ou seja, como o universo não cessa de se expandir, as estrelas primordiais – e tudo o que elas iluminavam – são observáveis somente através de fótons com comprimento de onda maior.
Isso significa que, ao "olhar" para céu, o James Webb pode oferecer uma espécie de clarividência infravermelha, com detalhes inéditos de estrelas, galáxias, quasares, buracos negros e até possíveis exoplanetas prontos para serem habitados por seres como nós. O JWST "foi projetado não para ver os primórdios do universo, mas para ver um período da história do universo que nós ainda não vimos", afirmou à CNET John Mather, cientista sênior do projeto.
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