Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Por que a Terra muda de estações durante o ano?
Muitas pessoas acreditam que as estações do ano acontecem por causa da distância da Terra ao Sol, mas isso não é verdade...
A Terra tem estações porque seu eixo de rotação é inclinado! Durante o ano, diferentes partes da Terra recebem raios do Sol diretamente!#AstroMiniBR pic.twitter.com/A38pCL1YCX
Não é incomum a crença de que a Terra está mais perto do Sol no verão e por essa razão tudo fica mais quente nessa época do ano. E, da mesma forma, quando a Terra está mais distante do Sol, ocorre o inverno com suas temperaturas mais frias. Embora essa ideia faça sentido intuitivamente, ela é incorreta.
De fato, a trajetória da Terra ao redor do Sol, isto é, sua órbita, não é um círculo perfeito e essa assimetria faz com que a Terra fique mais próxima e mais distante do Sol em diferentes épocas do ano. Porém, essa diferença não é suficiente para fazer uma mudança significativa no nosso clima e nem é a razão principal pela qual temos estações do ano.
A razão pela qual ocorrem as estações é o fato de que o eixo de rotação terrestre – isto é, o eixo imaginário ao qual a Terra gira em torno de si mesma, causando a noite e o dia – é inclinado em relação ao seu plano orbital. O eixo terrestre está sempre apontado para a mesma direção, de modo que diferentes partes da Terra recebem os raios diretos do Sol de formas distintas ao longo do ano. Por exemplo, no verão, os raios do sol atingem aquela região mais diretamente do que em qualquer outra época do ano, ao passo que no inverno a incidência dos raios solares é menor.
#2: Nós somos feitos de poeira das estrelas
Somos feitos de poeira da estrelas... mas quanto?
Nosso corpo possui cerca de 7 x 10^27 átomos, sendo 40% deles poeira estelar.
Como esses átomos são elementos mais pesados, a porcentagem de nossa "massa estelar" é mais impressionante: 93%! #AstroMiniBR
via @Rainmaker1973 pic.twitter.com/2digMEXPxV
Você já se perguntou de onde você veio? De onde surgiram toda essa estrutura que compõe os nossos órgãos, músculos e ossos? Claro que você poderia pensar “eu vim de minha mãe” e isso certamente seria verdade, porém, em um nível mais fundamental tudo em nós e tudo aquilo que conseguimos ver e tocar é feito de partículas, átomos e moléculas.
E de onde vieram esses pequenos ingredientes?
Essa resposta remonta a bilhões de anos atrás e tem origem cósmica. Os ingredientes carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os blocos fundamentais de construção de toda a vida na Terra. Embora tenha conotação fortemente poética, a afirmação “somos feitos de poeira estelar” possui uma ampla verdade científica: todos os elementos químicos mais pesados que estão no nosso organismo (e também em todas as coisas que existem) como, por exemplo, os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio, foram criados em gerações anteriores de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos.
No nosso caso, cerca de 40% de todos os nossos átomos foram forjados nas estrelas, enquanto a maior parte do hidrogênio foi formado no universo primordial, logo após o Big Bang. Porém, como esses 40% de átomos são justamente os elementos químicos mais pesados, o total da nossa massa que foi feita nas estrelas chega a 93%!
#3: Quando surgiram as primeiras estrelas e galáxias no Universo?
O universo tem cerca de 13.500.000.000 anos (ou seja, 13,5 bilhões de anos). Os primeiros seres humanos surgiram há bem menos de 4 milhões de anos.
Mas as primeiras estrelas e galáxias já surgiram no primeiro bilhão de ano do universo! ???? #AstroMiniBR pic.twitter.com/OLDFenb55U
A resposta para essa pergunta está no momento em que o Universo ainda engatinhava em sua existência. As primeiras estrelas provavelmente se formaram quando o Cosmos tinha cerca de 100 milhões de anos, antes da formação das primeiras galáxias.
Como os elementos que compõem a maior parte do planeta Terra ainda não haviam se formado, esses objetos primordiais, conhecidos como estrelas da população III, eram feitos quase inteiramente de hidrogênio e hélio. Ao explodirem como supernovas, eles ejetaram os elementos pesados produzidos em seus interiores para o meio interestelar. Isso deu início ao enriquecimento químico cósmico que levou à formação de outras estrelas, inclusive as que vemos hoje na Via Láctea. Já a primeira geração de galáxias possivelmente se originou um pouco depois, entre 200 e 400 milhões de anos após o Big Bang, quando as primeiras estrelas e o material circundante de gás e poeira cósmica se aglutinou devido à influência gravitacional.
#4: A beleza dos berçários de estrelas
uma equipe de astrônomas/os mapeou o gás na Nebulosa da Tarântula ???
esse objeto abriga berçarios de estrelas muito brilhantes e massivas -- e se localiza fora da Via-Láctea, na galáxia satélite da Grande Nuvem de Magalhães ??#AstroMiniBR (1/2) pic.twitter.com/zzBOxV4EbE
Distante cerca de 170 mil anos-luz de distância de nós, a belíssima Nebulosa da Tarântula possui um conjunto espetacular de berçários estelares. Presente em uma das nossas vizinhas galácticas mais próximas, a Grande Nuvem de Magalhães, a Nebulosa da Tarântula possui nuvens de poeira e gás colossais que dão origem à novas estrelas ao longo de milhões de anos.
As formas dessas nuvens são constantemente moldadas por essa dinâmica da formação estelar à medida que novas estrelas brilhantes e extremamente quentes são criadas.
Nas imagens acima é possível ver uma animação mostrando a combinação das observações da belíssima nebulosa nos comprimentos de onda do óptico, do infravermelho e das ondas de rádio.
#5: A Nebulosa do Véu
?? REMANESCENTE DE SUPERNOVA
Essa é a Nebulosa do Véu, localizada há aprox 1400 anos-luz de distância.
Imagine a surpresa de quem vivia há 10mil anos vendo uma luz surgir de repente no céu e ficar lá por semanas: estavam assistindo à explosão de uma estrela.#AstroMiniBR pic.twitter.com/anwPWbDqnL
A imagem acima mostra a Nebulosa do Véu, distante cerca de 2.400 anos-luz do Sistema Solar. Trata-se de uma enorme nuvem de gás e poeira aquecidos e ionizados que são remanescentes de uma supernova que ocorreu cerca de 10 a 20 mil anos atrás. A fonte desse evento cataclísmico foi uma estrela cerca de 20 vezes mais massiva que o Sol e, no momento da explosão, sua luz teria aparecido mais brilhante do que Vênus no céu e teria sido visível inclusive durante o dia aqui na Terra.
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