Um estudo apresentado em maio, durante o 24º Congresso Europeu de Endocrinologia, realizado em Milão, na Itália, concluiu que a absorção da vitamina D pelo organismo é mais eficiente quando são utilizados leite e água como veículos.
Para comprovar isso, os pesquisadores mediram a concentração máxima do micronutriente e descobriram que sua biodisponibilidade é maior nos dois líquidos citados, do que em sucos.
A função da substância, que é lipossolúvel (dissolve em gordura), é permitir que o cálcio dos alimentos possa ser absorvido no intestino, em um volume que garanta o funcionamento regular das células, do sistema neuromuscular e da boa saúde dos ossos. Quando está agindo no corpo humano, a vitamina D se transforma em um hormônio chamado calcitriol.
A falta de vitamina D no mundo
Diversos estudos publicados no mundo inteiro sugerem que perto de 1 bilhão de pessoas são afetadas atualmente pela deficiência da vitamina D, que pode levar ao raquitismo e a doenças nos ossos. Já a insuficiência do nutriente pode atingir até cerca de metade da população global atualmente.
O quadro se torna mais dramático em países com climas frios e verões curtos, onde a exposição ao sol para a produção natural de vitamina D é mais reduzida. Nesses locais, onde a suplementação do nutriente se torna imprescindível, a grande questão se torna descobrir qual a melhor forma de promover sua absorção.
Foi para responder a essa pergunta que a equipe do dr. Rasmus Espersen, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, conduziu esse estudo randomizado com 30 mulheres com idades entre 60 e 80 anos, todas com deficiência vitamínica. O consumo de alimentos com 200 g de D3 mostrou que a fortificação da vitamina D funciona de forma melhor em água ou no leite do que em sucos.
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