O uso de impressões digitais é uma tecnologia que fomos incorporando pouco a pouco na nossa vida, quase que sem nos darmos conta. Seja para acessar o caixa eletrônico no banco, para votar, entrar na academia ou para desbloquear o celular, hoje elas já estão em todas as partes.
Entretanto, podemos perder os sinais dos nossos dedos em diversas situações. Contudo, em geral a condição não é definitiva: com os cuidados certos, os pequenos sulcos na pele dos dedos podem voltar a se formar. Mas a ausência das pequenas marcas com certeza podem causar inconvenientes no cotidiano. Por isso, veja as dicas para manter suas impressões digitais por mais tempo.
Cada vez mais presentes no dia-a-dia, hoje usamos as impressões digitais até mesmo para desbloquear o celular (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Quase todas as pessoas nascem com um padrão único de sulcos na ponta dos dedos, chamados de impressões digitais. Eles nos acompanham por toda a vida, e são tão especiais que podem ser usados para nos diferenciar.
É com base nisso que a tecnologia da leitura de impressão digital foi criada. Ela é capaz de ler e identificar o padrão cadastrado em um banco de dados e permitir - ou não - o acesso a locais e serviços.
Antes dos leitores modernos, a polícia já usava a ponta dos dedos para encontrar criminosos. E por isso, vários deles tentaram métodos diferentes para apagar os sinais tão característicos. Com o tempo, entretanto, aprendemos que nenhuma estratégia é totalmente eficaz.
Há décadas a polícia forense usa impressões digitais para identificar criminosos e solucionar crimes (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Um corte grande no dedo, por exemplo, forma uma cicatriz que pode sim alterar a digital de uma pessoa, mas o novo padrão não deixa de ser menos único que o anterior.
Também é possível queimar as pontas das falanges com fogo ou ácido. Essa estratégia realmente pode desgastar totalmente os sinais de nascença, mas irá durar apenas por um tempo, pois eles voltam a crescer em seguida.
Isso significa que os padrões, chamados cristas de fricção pelos especialistas, podem se desgastar, mas dificilmente nos abandonarão pelo resto da vida. O efeito, provavelmente, será apenas passageiro.
O desgaste das impressões digitais gera inconvenientes
Quem lida com os leitores de digitais todos os dias, alguma vez já deve ter limpado os dedos depois de uma primeira tentativa malsucedida de ser reconhecido pelo sistema. Isso acontece porque existem situações do cotidiano que atrapalham esse processo.
O excesso de suor ou de cremes na mão, por exemplo, dificulta a identificação dos sulcos, e a imagem obtida no aparelhinho não bate com aquela registrada no banco de dados. Algumas atividades, entretanto, são mais abrasivas que outras.
Pessoas que atuam na construção civil ou com limpeza, por exemplo, costumam estar mais expostas à substâncias químicas ou processos físicos capazes de corroer a ponta dos dedos. Especialmente durante a pandemia do covid-19 e o uso de álcool para a higienização das mãos, a perda das digitais foi notável.
Produtos químicos abrasivos usados na limpeza podem danificar e desgastar as impressões digitais (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Mas uma vez interrompida a atividade, as impressões voltarão a crescer. Por isso mesmo nunca é tarde pra adotar medidas para a proteção e renovação da pele dos dedos. Isso pode ser feito através do uso de hidratantes em casa.
Além disso, é importante usar os equipamentos de proteção individual, especialmente as luvas. Mas é preciso atenção: cada atividade exige um tipo de luva específico, capaz de conter os produtos ou processos típicos da profissão e amenizar os danos.
Outra parcela da população que costuma enfrentar dificuldades frente a um leitor de impressões é a dos idosos. Isso porque na idade avançada, a perda de elasticidade pode atrapalhar a leitura, e pouco dispositivos hoje ainda são pensados para isso.
Usar hidratantes nas mãos, especialmente na ponta dos dedos, pode ajudar a restaurar as impressões digitais (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Em entrevista para o jornal O Dia, o dermatologista Cristiano Kakihara explica que a perda definitiva das digitais é um problema muito raro. Segundo ele "a maioria das pessoas, se suspenderem o agente causal, com ou sem tratamento medicamentoso, irá recuperar as papilas dérmicas e tudo volta ao normal”
Os leitores de digitais já tomaram conta do nosso cotidiano e já não nos surpreendemos com o seu uso. Entretanto, usá-los pode ser um incômodo quando nossas impressões digitais estão desgastadas.
A sorte é que o problema é reversível. O nosso corpo tem a capacidade de restaurá-las sozinho, com o tempo. Basta eliminar a fonte de desgaste e adotar bons hábitos de saúde das mãos, que nossas digitais, companheiras de toda a vida, retornarão às pontas dos nossos dedos.