Um novo estudo realizado no Reino Unido revelou que homens obesos são mais propensos a morrer devido ao câncer de próstata. Um aumento de cinco pontos no índice de massa corporal eleva o risco de óbito em 10%, mostram os dados da pesquisa publicada na revista científica BMC Medicine.
A correlação observada entre os dois problemas, entretanto, ainda não tem razões claras. Esse tipo de tumor é um dos mais comuns. Apesar disso, ele costuma levar anos para crescer, e permite que o paciente conviva por muitos anos com a doença.
A obesidade é um fator de risco para quem tem câncer de próstata (Fonte: Shutterstock)
Por conta da prevalência do câncer de próstata, pesquisadores de todo o mundo buscam identificar os fatores que podem favorecer o agravamento dos quadro clínicos.
O estudo baseou-se na meta-análise de dados de 2,5 milhões de homens coletados nas bases PubMed, Embase e Web of Science. Além disso, foram acrescentadas informações de 200 mil participantes do UK Biobank.
Obesidade como fator de risco
Todos os participantes foram acompanhado durante anos, e forneceram suas medidas de índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, relação cintura-quadril e percentual de gordura corporal.
Os pesquisadores selecionaram aqueles que desenvolveram câncer de próstata ao longo dos anos e perceberam que existe uma probabilidade maior de morte para aqueles com mais quantidade de gordura corporal.
Pesquisadores revelam que cada 10 centímetros de cintura em um paciente obeso aumenta em 7% o risco de óbito. Além disso, o percentual de gordura, o IMC, a adiposidade e a proporção cintura-quadril também influenciaram a ocorrência de mortes.
“Saber mais sobre os fatores que aumentam o risco de câncer de próstata é fundamental para preveni-lo”, diz ao site New Atlas, Aurora Perez-Cornago, responsável pelo estudo e pesquisadores na Universidade de Oxford.
“A idade, o histórico familiar e a etnia são fatores de risco conhecidos, mas não são modificáveis, por isso é importante descobrir fatores de risco que possam ser alterados.”
ARTIGO BMC Medicine: doi.org/10.1186/s12916-022-02336-x