Já é hora de separar os agasalhos. Uma onda de frio irá atingir quase todo o Brasil na próxima semana, e deve abaixar os termômetros em até 12 graus. É o que prometem os serviços meteorológicos do país.
As regiões sul, sudeste e centro-oeste deverão ser as mais afetadas. Em São Paulo, a temperatura pode chegar a menos de 10 graus. Já no Sul existe a possibilidade de neve, e em Curitiba pode haver geada.
Geadas devem tomar os campos no sul do país e atingir até mesmo grandes centros (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Nas redes sociais o fenômeno foi batizado de "erupção polar", mas meteorologistas afirmam que o termo não é oficial. O que está acontecendo é o avanço de uma massa polar muito intensa a partir do polo sul que deve subir pela América do Sul.
O evento vai coincidir também com a passagem de um ciclone extratropical, que trará umidade. Por isso, existe previsão de neve para a serra gaúcha e algumas cidades de Santa Catarina nas próximas terça e quarta-feira.
Também haverá geada em diversos municípios, entre os dias 19 e 22 de maio, que devem atingir a região Sul, o sul e oeste paulista, o Mato Grosso do Sul e o sul de Minas Gerais. Segundo meteorologistas, ela pode ocorrer até mesmo em áreas urbanas, como Curitiba.
O tempo passa e os modelos meteorológicos insistem em uma erupção polar histórica para maio na semana que vem. Modelo canadense mostra América do Sul coberta pelo ar polar da Patagônia ao sul do Maranhão pic.twitter.com/xdJRuP73dk
— Daniel Lisboa (@dani_lisbo) May 11, 2022
O frio intenso não vai deixar nem mesmo o Norte de fora. A queda de temperatura deve atingir estados como o Acre e Rondônia, causando o segundo episódio de friagem consecutivo no mês.
Segundo a MetSul Meteorologia, em nota, o frio deve permanecer por ainda mais uma semana. Consultando o modelo climático americanos CFS, foi notado que o padrão de baixas temperaturas persistirá até o final do mês na região sul.
Termômetros negativos no mês de maio são atípicos. Esse frio é característico do La Niña, fenômeno de abaixamento da temperatura do Oceano Pacífico. Ele começou no final do inverno do ano passado e segue trazendo consequências até hoje.
Neste ano, ela foi responsável por severas estiagens que levaram à perda de safras inteiras de milho e de soja nos países afetados. Os especialistas esperavam que a atmosfera se estabilizasse com a chegada do outono, mas os sinais indicam que La Niña segue firme e forte.
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