Pesquisadores chineses ordenaram as partículas de íons de lítio de uma bateria de carro elétrico, distribuindo-as de maneira mais uniforme. O resultado foi um carregamento de até 60% em apenas seis minutos, sem que a configuração, que usa grafite e nanofios de cobre para criar mais estrutura interna, afetasse o armazenamento de energia.
As baterias elétricas convencionais, em sua maioria feitas de íons de lítio, utilizam agentes ligantes para solidificar o ânodo, o eletrodo através do qual a carga elétrica positiva flui para dentro do dispositivo. Isso faz com que essas partículas fiquem distribuídas de forma aleatória dentro da estrutura, o que resulta em tempos de carregamento mais lentos.
Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay/Reprodução.Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay
Como foi otimizada a nova bateria?
Para resolver esse problema, uma equipe de cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em Hefei, liderada pelo professor Yao Hongbin, decidiu organizar as partículas em ordem de tamanho e reduzir as lacunas (porosidade) entre elas. A porosidade ficou "mais alta na parte superior, e mais baixa na parte inferior, para que a porosidade média tenha um valor normal”, explica Yao em entrevista à revista New Scientist.
A melhoria foi comprovada em testes laboratoriais, que revelaram que a bateria otimizada pode ter até 60% de sua capacidade carregada em 5,6 minutos e 80% em 11,4 minutos. O resultado foi considerado excelente, quando se leva em conta que a bateria de um Tesla leva cerca de 30 minutos para atingir 80% da carga em uma estação Supercharger.
Embora o processo tenha se mostrado eficiente, os pesquisadores expressaram preocupação quanto aos custos para adicionar os novos materiais à estrutura da bateria.
ARTIGO Science Advances: DOI: 10.1126/sciadv.abm6624.
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