A depressão é cada vez mais comum no Brasil, conforme apontam os resultados da Pesquisa Vigitel 2021, realizada pelo Ministério da Saúde. O número de pessoas que sofrem com o mal é bem superior ao estimado pela Organização Mundial da Saúde (que é de 5,3% da população brasileira). Segundo a pesquisa, a população acometida chega a uma média de 11,3% — superior ao número de portadores de diabetes, que somam 9,1%.
27.093 pessoas, com 18 anos ou mais de idade e residentes em todos os estados, mais o Distrito Federal, responderam à pesquisa, que foi realizada por telefone e levantou questões como alimentação, atividade física, tabagismo e ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis.
Depressão é mais comum do que diabetes no Brasil, aponta levantamentoFonte: Shutterstock
Essa foi a primeira vez que a depressão foi incluída na pesquisa Vigitel, mas a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 já havia registrado que 10% da população brasileira tinha diagnóstico médico de depressão. Em 2013, eram 7,6%.
O número preocupa, porque enquanto a diabetes é uma doença crônica, caracterizada pela má absorção de insulina — hormônio que ajuda a transformar glicose em energia —, a depressão é um distúrbio afetivo e, embora não tenha uma causa única, acompanha tristeza, pessimismo, baixa autoestima e, se não tratada, pode levar a consequências tão graves quanto suicídio.
Depressão no Brasil
A cidade que apresentou maior índice de adultos com depressão foi Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 17,5% de incidência. A menor foi Belém (no Pará), com 7,2%.
Segundo a pesquisa, a depressão atinge mais mulheres do que homens no país. O pior resultado feminino foi em Belo Horizonte, com 23% das mulheres entrevistadas diagnosticadas com depressão. Entre os homens, o índice mais alto foi em Porto Alegre: 16%.
A pesquisa completa pode ser acessada aqui.