Uma das principais causas de mortalidade infantil entre os anos 1960 e 1970, o sarampo foi confirmado na capital paulista, conforme informado nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Saúde do governo do Estado de São Paulo.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a doença confirmada é do tipo autóctone, ou seja, quando o paciente contrai o vírus na própria localidade e não em viagem.
Além desse caso, o órgão estadual também divulgou que, somente na semana passada, mais 25 casos potenciais da doença começaram a ser investigados, sendo dois deles em Santos, no litoral paulista.
Em nota, a prefeitura da cidade informou que está aguardando o resultado de exames laboratoriais, mas assegura que nenhum contactante dos pacientes mostrou sintomas, e que todos os protocolos de bloqueio foram realizados, inclusive a vacinação das pessoas.
Vacinação em massa foi responsável por eliminar doença no passadoFonte: Shutterstock
Queda da cobertura vacinal
Após ter sido considerada doença erradicada no Brasil, o sarampo retornou em 2019, através de um novo surto que contaminou 18 mil pessoas no estado de São Paulo, com 18 mortes. Em 2020, foram notificados 883 casos no estado, com uma morte; e, em 2021, nove casos, mas nenhum óbito.
Falando ao Estado de S. Paulo, o infectologista Roberto da Justa explicou que a atual ocorrência "se dá muito provavelmente por causa da baixa cobertura vacinal para o sarampo nos últimos anos. E a possibilidade de se disseminar para outros Estados é grande, uma vez que é difícil bloquear a disseminação", alerta.
A partir de 3 de maio, o estado de São Paulo vai vacinar todas as crianças entre 6 meses e menores que 5 anos de idade. Na capital, a campanha já começou no último dia 4 de abril.