Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: O céu tá preto, vai chover!
nebulosas escuras são nuvens de poeira tão espessas que não deixam a maior parte da radiação vinda das estrelas atrás delas chegar até os observadores!
um exemplo é a Nebulosa do Saco de Carvão na constelação do Cruzeiro do Sul que pode ser vista a olho nu#AstroMiniBR
(c) ESO pic.twitter.com/tAle1ylY7c
Das muitas coisas curiosas e intrigantes que o Cosmos abriga, nebulosas escuras certamente estão entre elas. Faça o seguinte exercício por alguns instantes: você é um astrônomo do início do século 20, está sentado na ponta do telescópio de um observatório catalogando objetos no céu quando, de repente, vê uma região aparentemente vazia, sem estrelas e negra como a noite mais escura. O que seria isso? Levou-se certo tempo para descobrir-se que esses objetos são nebulosas escuras, nuvens interestelares que contêm uma concentração muito alta de poeira. Isso ocorre porque esses objetos dispersam e absorvem toda a luz óptica incidente, tornando-os completamente opacos em comprimentos de onda da luz visível. As nebulosas escuras são mais fáceis de se detectar quando se localizam na frente de uma nebulosa de emissão brilhante.
Um dos exemplos mais famosos no hemisfério sul é a nebulosa apresentada na imagem acima, a Nebulosa Saco de Carvão, no Cruzeiro do Sul. A temperatura média dentro dessa nebulosa é baixíssima, variando de -260 a -170 graus centígrados. Por conta dessas baixas temperaturas e altas densidades, uma nebulosa escura costuma formar moléculas de hidrogênio que permitem a formação de novas estrelas!
#2: Eclipses lunares e solares são comuns, mas nem tanto
Por que não há um eclipse solar e lunar todos os meses?
O movimento orbital da Lua ao redor da Terra é inclinado em aproximadamente 5º, portanto a maior parte do tempo não alinhada com a Terra e Sol.
O eclipse ocorre quando o alinhamento acontece.#AstroMiniBR
(c) NASA pic.twitter.com/S3Zq5NSdl7
Fenômenos celestes como os eclipses lunares e solares são espetaculares, ninguém pode negar. Se acontecessem com uma frequência mensal, será que perderiam esse encanto por se tornar algo corriqueiro? Aliás, pensando bem, se a Lua orbita a Terra a cada 28 dias aproximadamente, porque esse não seria o período com que um eclipse ocorre?
A verdade é que esses fenômenos não são tão simples e lineares quanto parece. Um eclipse lunar ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra, já um eclipse solar ocorre quando a sombra da Lua cai sobre a Terra. O porquê de eles não acontecerem todos os meses está associado ao fato de que a órbita da Terra ao redor do Sol não está no mesmo plano que a órbita da Lua ao redor da Terra.
O Sol, a Terra e a Lua não estão realmente alinhados de forma perfeita. Se o Sistema Solar for um disco plano, como os antigos discos de CD e DVD, este seria o plano da eclíptica e todos os planetas estão dispostos nesse disco. Mas a Lua se localizaria em um outro disco, inclinado em um ângulo de 5,14 graus em relação a este primeiro. Então, seguindo a órbita da lua enquanto ela gira em torno da Terra, às vezes está acima do plano da eclíptica e às vezes está abaixo. Por essa razão nem sempre esse jogo de sombra e luz possibilita um eclipse!
#3: O sorriso lunar
Quatro visões da Lua no colorido anoitecer do domingo! Com 6.5% de sua face visível iluminada diretamente pelo Sol, a porção que se esperaria que estivesse totalmente escura aparece iluminada pela Terra (um observador na Lua, veria agora a Terra em "fase cheia").#AstroMiniBR pic.twitter.com/C6daTgJfMi
Nos primeiros dias desta semana a Lua deu um espetáculo próprio no céu. E nem estamos falando de um dia de Lua cheia! Aqueles que tiveram céus limpos à noite puderam contemplar um sorriso iluminado por entre as estrelas, gerado pela fase crescente da Lua.
Como lembramos das nossas aulas de ciência básica, em todo o nosso Sistema Solar, o único objeto que possui uma luminosidade própria é o Sol. A percepção das diferentes fases lunares é devido ao fato de que a luz solar ilumina a superfície da Lua de modos diferentes (tal como acontece com a Terra), à medida que ela orbita ao redor do nosso planeta. Essa luz é, então, refletida na nossa direção e nós conseguimos vê-la com brilhos diferentes ao longo do mês!
#4: O nascimento de um Júpiter distante!
O telescópio espacial Hubble flagrou um exoplaneta tipo Júpiter em formação de maneira inesperada. Ele está a uma distância da jovem estrela de cerca de duas vezes a distância de Plutão ao Sol. O brasileiro @DrRRLyrae participou da descoberta. #astrominibr pic.twitter.com/Cg72O9t59R
Na última segunda-feira (4), a NASA divulgou que o telescópio Hubble observou evidências de um planeta em formação semelhante a Júpiter em um processo descrito como “intenso e violento”. Esse planeta tipo-Júpiter está se formando em um disco protoplanetário de poeira e gás que orbita uma estrela jovem de cerca de 2 milhões de anos.
Pode parecer muito, mas em escala astronômica isso é muito pouco tempo e, de fato, esse instante representa o nascimento do sistema estalar. O nosso Sol, por exemplo, tem 4,6 bilhões de anos e os planetas se formaram ao seu redor também durante seus primeiros milhões de anos!
#5: A estrela do começo do Universo!
hoje foi publicada a detecção mais distante de uma ?? que já fizemos. ela irradiou sua luz no primeiro bilhão de anos do universo!
seu nome? Earendel. tolkienmaníacos vibram ????
Eärendil, pai de Elrond, foi o elfo responsável por transportar uma das Silmarils ??#AstroMiniBR pic.twitter.com/xR2kP5D6hk
No dia 30 de março, a NASA divulgou a descoberta da estrela mais distante e mais antiga do Cosmos. A estrela, carinhosamente conhecida com Earendel (“estrela da manhã” em inglês arcaido), foi celebrada também pelos fãs da Terra-média por ser homônima a um personagem da mitologia de J. R. R. Tolkien que foi um grande marinheiro meio-elfo que era responsável por carregar uma estrela pelos céus.
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