Na quinta-feira (7), o departamento de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) anunciou que as emissões de metano para a atmosfera aumentaram significativamente e bateram novo recorde em 2021. De acordo com o administrador do NOAA, Rick Spinrad, o aumento de emissões ao redor do mundo continua a crescer de forma consistente e alarmante.
É o segundo ano consecutivo de alto crescimento das emissões de metano, gás estufa responsável por parte do aquecimento global causado pelo homem. Conforme a pesquisa do NOAA, em 2021, o aumento anual do metano atmosférico foi registrado em 17 partes por bilhão (ppb), o maior desde que as medições começaram em 1983 — em 2020 o aumento foi responsável por 15,3 ppb.
“Reduzir as emissões de metano do combustível fóssil é um passo importante e um fruto fácil para reduzir os níveis atmosféricos de metano”, disse a pesquisadora do Laboratório de Monitoramento Global da NOAA e da Universidade do Colorado em Boulder, Xin “Lindsay” Lan.
Planeta em risco
Já os níveis de dióxido de carbono aumentaram para 414,7 partes por milhão (ppm), representando aumento de 2,66 em relação ao ano anterior. Apesar do dióxido de carbono permanecer ativo por muito mais tempo, o metano é cerca de 25 vezes mais poderoso na retenção de calor na atmosfera e pode oferecer uma opção viável na limpeza da atmosfera em curto prazo — o metano atmosférico desaparece em cerca de 9 anos.
O metano é causado por diversas fontes, até como um subproduto da digestão das vacasFonte: Shutterstock
É importante destacar que o metano é gerado por diferentes fontes, como na indústria, em transportes, no uso de combustíveis fósseis, pela digestão de animais e até pela decomposição de matéria orgânica em áreas úmidas.
Anualmente, o Laboratório de Monitoramento Global da NOAA é responsável por coletar mais de 15 mil amostras de ar ao redor do mundo. Assim, o departamento estadunidense pode medir os níveis globais dos principais gases que causam o efeito estufa, como metano, dióxido de carbono, óxido nitroso e hexafluoreto de enxofre.
“Vai exigir muito trabalho duro para reverter essas tendências, e claramente isso não está acontecendo”, disse o diretor do Laboratório de Monitoramento Global, Ariel Stein.
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