Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Cinco mil planetas fora do Sistema Solar!
CINCO MIL!!
Astrônomos confirmam a marca de 5000 exoplanetas descobertos! E pensar que há poucas décadas a gente não conhecia NENHUM! Incrível! #AstroMiniBR pic.twitter.com/Nptjo7JWXk
Vivemos em uma época áurea na astronomia. Grandes descobertas e avanços no nosso entendimento acerca do Cosmos não levam mais tantas décadas ou séculos para serem alcançados quanto costumavam em tempos de outrora. Nesta semana, na última segunda-feira (21), a NASA anunciou a chegada de mais um novo marco cósmico: foram detectados 5.000 mil exoplanetas na Via Láctea! Talvez o número não impressione tanto quanto outros ainda maiores que comumente vemos quando se fala em astronomia, mas, na realidade, ele marca o ponto alto de 30 anos de pesquisa e de uma jornada em busca de planetas para além do nosso Sistema Solar.
Na lista de planetas extrassolares encontra-se a mais diversa variedades de categorias: há aqueles mundos que são pequenos e rochosos como a Terra; aqueles que são gigantes gasosos, inclusive muitas vezes maiores que Júpiter e Saturno; aqueles que são extremamente quentes e inóspitos devido a suas órbitas serem muito próximas de suas estrelas; existem as “super-Terras”; os “mini-Netunos” e muitos, muitos outros. Isso considerando os planetas por si só! Se adicionarmos os planetas em sistemas binários, aqueles que orbitam duas estrelas ao mesmo tempo, essa lista fica cada vez mais exótica. De todo modo, este marco representa o quanto avançamos no entendimento das ciências planetárias, em que conhecemos cada vez mais como os planetas se formam e evoluem na história do Universo.
#2: O registro incrível de um eclipse solar!
Uma das melhores fotos de um eclipse solar da história!
O registro foi feito pelo astrofotógrafo @photographerjon em 21 de agosto de 2017 nos Estados Unidos, quando ele embarcou em um voo comercial que passava justamente no caminho da sombra da Lua!#AstroMiniBR pic.twitter.com/QlpaPeJILN
Um eclipse solar total não é nem de perto o evento astronômico mais comum que há. Muito pelo contrário: é um fenômeno bastante incomum quando se compara com a possibilidade de ser observado por uma determinada pessoa em um determinado lugar do planeta! Muitas pessoas jamais viram um e jamais terão a chance de vê-lo. Entretanto, esse é um evento que pode e deve ser programado na agenda de qualquer um que seja empolgado o suficiente com astronomia! Como é possível saber onde e quando um eclipse solar total será visível com antecedência, muitos entusiastas se programam para observá-lo em um determinado lugar do planeta com muitos meses e até mesmo anos de antecedência! Foi exatamente isso que fez o astrofotógrafo Jon Carmichael no eclipse que em 21 de agosto de 2017, o primeiro sobre o solo dos Estados Unidos em um intervalo de 99 anos. Ele se programou não apenas para observá-lo, mas comprou uma passagem em um voo comercial que passava justamente no momento exato do eclipse solar. O resultado é esse acima!
#3: Chegou o outono no hemisfério sul!
hoje (20-mar) começa oficialmente o outono no hemisfério sul ????
isso significa que o Sol incide de forma direta na Linha do Equador, iluminando os dois hemisférios de forma igual (= equinócio).
essa é uma etapa intermediária entre o verão e o inverno.#AstroMiniBR
{c} @ccvalg pic.twitter.com/llpa0ZGRv0
No último domingo (20), o hemisfério sul se despediu do verão e deu boas-vindas ao outono! O dia marcou um dos dois equinócios do ano, que se configura pela passagem exata do Sol pelo equador celeste. Durante o equinócio de outono, o hemisfério sul começa a receber gradativamente menos luz do Sol, ao passo que, no hemisfério norte ocorre o inverso: lá se começa a receber cada vez mais radiação solar. Isso ocorre porque o eixo de rotação terrestre é ligeiramente inclinado, o que provoca as quatro estações do ano!
#4: A diferença entre aglomerados de estrelas
Este aqui são aglomerados abertos (direita) e fechados (esquerda). Por que há uma diferença de formato?
Os abertos em geral estão nos discos das galáxias e sofrem perturbações que os deformam. Os fechados estão no halo (olhe 2º tweet) e tem forma + esférica.#AstroMiniBR pic.twitter.com/qg6furtZ8Q
Aglomerados de estrelas são grupos de estrelas próximas ligadas pela interação gravitacional. Constituem-se desde alguns milhares até vários milhões de estrelas. Em geral, são caracterizadas em dois grupos distintos: aglomerados globulares ou fechados, que são grupos bastante concentrados de estrelas mais antigas; e os aglomerados abertos, grupos mais espaçados e dispersos de estrelas cujas populações são normalmente bastante jovens. Alguns anos atrás, os aglomerados globulares eram um dos maiores mistérios da astronomia pois as estimativas das idades das estrelas que as constituíam resultavam em valores maiores que a idade estimada do Universo. Esse problema foi resolvido com as medições de distâncias mais sofisticadas das últimas gerações dos telescópios, que atribuíram algumas centenas de milhões de anos a menos que a idade cósmica para as estrelas mais velhas desses aglomerados.
#5: Onde o Sol nasce e se põe?
[1/2] Se perguntarmos rapidamente onde o Sol se põe, você talvez responda sem pestanejar: no Oeste.
Mas o Sol nasce exatamente no ponto cardeal leste e o se põe no ponto cardeal Oeste, somente em dois dias do ano: nos equinócios de outono e de primavera. #AstroMiniBR pic.twitter.com/WHbAMeeDis
Todos nós carregamos a lembrança remota das aulas de geografia e de ciências durante nossa época escolar de termos aprendido que o Sol sempre nasce no leste e sempre se põe no oeste. Porém, o que talvez não tenhamos aprendido (ou não nos lembremos) é que isso ocorre de forma exata somente nos dias de equinócio de outono e de primavera, isto é, apenas dois dias no ano! Porém, para efeitos práticos, o Sol nunca se afasta tanto desses dois pontos ao longo do ano: de fato, nos outros dias do ano, ele sempre nasce e se põe ligeiramente ao norte e ao sul desses dois pontos cardeais.
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