Um estudo da Universidade de Essex listou os trabalhos e passatempos mais comumente associados a pessoas entediantes. As conclusões foram publicadas em março no periódico Personality and Social Psychology Bulletin.
A pesquisa envolveu pessoas dos Estados Unidos e do Reino Unido, sendo importante destacar que pode não ser adequado generalizar os resultados para outras populações dadas as variações culturais.
Quais trabalhos são considerados mais chatos?
Os trabalhos mais estereotipicamente associados a pessoas chatas são nas áreas de:
- Análise de dados, como operador de dados e atuário
- Contabilidade, como contador
- Imposto/seguro, como consultor fiscal, agente de seguros e funcionário fiscal
- Limpeza, como faxineiro, lavador de pratos e zelador
- Banco e finanças, como banqueiro, caixa de banco e consultor financeiro
Quais trabalhos são considerados mais empolgantes?
Os trabalhos menos estereotipicamente associados a pessoas chatas são nas áreas de:
- Artes performáticas, como artistas, estrelas de cinema e atores/cantores
- Ciência, como cientistas, físicos e pesquisadores
- Jornalismo, como repórteres, âncoras de notícias e repórteres judiciais
- Profissional da saúde, como médico, dentista e podólogo
- Ensino, como professor
Quais hobbies são considerados mais chatos?
Os hobbies mais estereotipicamente associados a pessoas entediantes são:
- Dormir
- Relacionados à religião, como ir à igreja
- Assistir televisão
- Observar animais, como pássaros e formigas
- Relacionados à matemática, incluindo estatística
Quais hobbies são considerados mais empolgantes?
Os hobbies menos estereotipicamente associados a pessoas entediantes são:
- Jogos, como vídeo games e jogos de tabuleiro
- Relacionados à leitura, como ler e participar de clubes de livros
- Tarefas domésticas, como limpar, cozinhar e levar o cachorro passear
- Jardinagem
- Escrever
Consequências do estigma de "pessoa chata"
Geralmente, pessoas com os trabalhos, características e passatempos listados são percebidas como chatas, o que pode impactar negativamente suas vidas por compor um estereótipo difícil de ser quebrado.
O psicólogo Wijnand Van Tilburg, autor principal do estudo, explica: “As percepções podem mudar, mas as pessoas podem não dedicar tempo para falar com aqueles que têm trabalhos e passatempos ‘chatos’, escolhendo evitá-los. Eles não têm a chance de provar que as pessoas estão erradas e quebrar esses estereótipos negativos.”
O autor afirma que tais atitudes podem levar à ostracização social e aumentar a solidão, um dos fatores que torna o estudo importante. “A ironia é que estudar o tédio é, na verdade, muito interessante, e tem muitos impactos na vida real.”, conclui Tilburg.
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