Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Quando a Astronomia e a Física se encontram
esse é o princípio da decomposição da luz com o qual estudamos a radiação que vem de estrelas, galaxias e outros ??
na imagem, a luz do ?? atravessa essa tela (rede de difração) e é separada nas diferentes cores do espectro visível, assim como vemos no arco-iris ??#AstroMiniBR pic.twitter.com/J2BmbtbdQ0
Se você pegar tintas de cores diferentes, digamos, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho, e misturá-las, obterá uma coloração de um estranho tom marrom. Se fizermos a mesma coisa com a luz nestes mesmos comprimentos de onda, obteremos o branco. Por que isso acontece? Esse é o fenômeno físico que celebra a união entre a Física e a Astronomia, dois ramos do conhecimento que hoje são fortemente relacionados. A dispersão da luz, vista muito facilmente alguns anos atrás em discos compactos, ocorre quando a luz branca incide sobre uma superfície distinta entre dois meios e faz surgir o conhecido leque de cores do arco-íris. Trata-se de um fenômeno óptico gerado por conta da diferença de incidência de refração e devido à diferença de velocidade de propagação do feixe de luz ao encontrar outro meio. Esse é o processo inicial chave para que os astrônomos consigam analisar a radiação dos objetos celestes, sendo capazes de identificar, dentre diversas coisas, os elementos químicos que os compõem.
#2: Um anel para todos governar
Nessa imagem da Nebulosa do Anel as cores nos revelam a sua composição química!
A cor azul escura no centro representa o hélio, a azul clara do anel interno mostra o hidrogênio e o oxigênio, e a cor avermelhada do anel externo é do nitrogênio e do enxofre!#AstroMiniBR pic.twitter.com/z1KZSpkWlJ
E falando em conhecer a composição química através da luz, este é um excelente exemplo de como esse processo acontece. A imagem acima apresenta a belíssima Nebulosa do Anel, catalogada como M57. Essa é uma nebulosa planetária, uma estrutura bem parecida com o que o Sol se tornará daqui a alguns bilhões de anos. O pequeno ponto branco no centro da nebulosa é justamente o núcleo quente de uma anã branca. M57 está a cerca de 2.000 anos-luz de distância da Terra e foi descoberta em 1779, sendo facilmente visível com telescópios amadores de nível intermediário. O gás azulado no centro da nebulosa é, na verdade, uma estrutura em formato aproximadamente esférico circundado por um material alaranjado em forma de rosquinha. A borda interna do anel apresenta uma estrutura intrincada de nós escuros e irregulares de poeira e um gás denso que ainda não foram empurrados para longe pelos ventos estelares. As cores nesta imagem da Nebulosa do Anel foram colocadas de modo a indicar sua composição química: a cor de azul mais escuro representa o hélio, o azul claro representa o brilho do hidrogênio e do oxigênio, e, finalmente, os tons avermelhados e alaranjados representam as concentrações do nitrogênio e do enxofre.
#3: “Chuva” de plasma solar
Loops de plasma no Sol!
Os arcos registrados no vídeo pela sonda Solar Dynamics Observatory são cerca de 15 vezes maiores que a Terra! São formadas por partículas se movendo em espiral ao longo das linhas do campo magnético solar! #AstroMiniBR
(c) SDOpic.twitter.com/2OKpEhW6yr
A Solar Dynamics Observatory (SDO) é uma sonda da NASA atualmente em uma órbita a 36 mil quilômetros de altitude. É uma missão não-tripulada que tem como objetivo estudar a atividade solar para entender as causas da sua variabilidade e quais são seus impactos na Terra. O SDO analisa a atmosfera solar em pequenas escalas de espaço e tempo e em muitos comprimentos de onda de forma simultânea. Seus instrumentos de avançada sofisticação tecnológica permitem que a SDO determine, por exemplo, como o campo magnético do Sol é gerado e como essa energia magnética armazenada é convertida e liberada na heliosfera e no geoespaço na forma de vento solar e partículas extremamente energéticas. O registro acima apresenta um time-lapse que comprime 9 horas de observações de um loop de plasma na superfície do Sol, em que as partículas presas no campo magnético vão espiralando ao longo das trajetórias definidas por suas linhas de campo. Essas estruturas costumam ser tão grandes que seria possível enfileirar 15 terras e ainda sobraria um pouco de espaço!
#4: O destruidor de luas
?? LIMITE DE ROCHE
Na astronomia, esse limite define a distância mínima que um corpo menor pode chegar de um corpo maior sem ser desintegrado pelas forças de maré do segundo.
Por ex: os anéis de Saturno podem ter sido formados por luas que ultrapassaram esse limite#AstroMiniBR pic.twitter.com/NsnCSGnZyp
Equivalente ao poderoso Thanos, detruidor de mundos no universo da Marvel, no nosso Universo temos um destruidor de luas gerado pela própria natureza. Conhecido como o limite de Roche, é uma região específica no espaço próximo ao um corpo massivo do qual nenhum outro corpo que estiver em sua órbita se mantém unido gravitacionalmente. Em outras palavras, é a distância mínima que um objeto, como uma lua, por exemplo, pode suportar sem começar a se destruir devido às forças de maré exercidas pela força gravitacional do objeto principal. Acredita-se que uma das razões pelos quais os anéis de Saturno se formaram tenha sido o fato de que algumas luas ultrapassaram esse limite e foram impiedosamente destroçadas!
#5: A primeira foto da superfície de Marte
Essa é a primeiríssima foto tirada na superfície de Marte, poucos minutos após o pouso da sonda Viking 1 em 20 de julho de 1976. Ela mostra as rochas e poeira marcianas ao lado de um dos pés do lander. #AstroFirstPic#AstroMiniBR pic.twitter.com/2wvp927FJV
Você está olhando para a primeira foto da superfície de Marte que chegou aos olhos humanos na história! A imagem acima foi registrada pela sonda Viking 1 da NASA cuja finalidade era estudar o planeta Marte. Lançada em agosto de 1975, a sonda chegou ao planeta vermelho alguns meses depois, em julho de 1976. Logo após a aterrissagem do seu módulo, a Viking 1 fez este registro, mostrando ao mundo pela primeira vez uma imagem relativamente familiar do nosso vizinho planetário, cujo solo seco e repleto de pequenas rochas nos lembra algumas regiões da nossa própria casa azul.
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