Uma nova pesquisa mostra que assumir uma identidade LGBTQIA+ pode ser benéfico para a carreira científica. Dados levantados por pesquisadores dos Estados Unidos mostram que existe uma correlação entre o ato de sair do armário e o número de publicações de cientistas gays, lésbicas e bissexuais.
Cientistas não-assumidos têm menos publicações (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
A pesquisa foi feita a partir da contagem do número de artigos publicados por cientistas LGBTQIA+ assumidos e não assumidos dentro dos centros de pesquisa onde atuam. Em um segundo momento, também foram analisadas as publicações de pessoas heterossexuais e cisgêneros.
De acordo com o artigo, homens abertamente gays e bissexuais têm métrica de publicação equivalente à de homens heterossexuais, enquanto os pesquisadores no armário publicaram menos.
Entre as mulheres, aquelas não assumidas tiveram, em média, 14 publicações a menos nos primeiros 20 anos de carreira, em comparação com homens héteros. Isso revela um golpe duplo, segundo os autores, de sexismo e homofobia.
Para participantes não-binários e transgêneros, o número de participantes foi baixo, apenas 200 entre 1700 entrevistados. Por isso, os pesquisadores não foram capazes de identificar tendências.
Não se sabe a causa dessa correlação, por isso novas pesquisa são necessárias. Mas os pesquisadores concluem que é necessário desenvolver um ambiente que encoraja a diversidade, que possa trazer benefícios que vão além do bem-estar.
ARITGO Plos One: doi.org/10.1371/journal.pone.0263728
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