Um dos últimos redutos ainda livres da poluição causada por atividades humanas no mundo, a Antártica parece estar sucumbindo aos danos causados pelo carbono negro, um subproduto da combustão de combustíveis fósseis e biomassa que escurece a neve e a faz derreter precocemente. Um novo estudo descobriu que esse poluente está acelerando esse derretimento em cerca de 83 toneladas por visitante do continente.
Fonte: Cordero et al./Nature/Divulgação.Fonte: Cordero et al./Nature
Publicado no fim de fevereiro na revista científica Nature Communications, o novo estudo teve como base amostras de neve coletadas pelos pesquisadores entre os anos 2016 e 2020, em 28 diferentes locais da região. No entanto, as coletas se concentraram na Península Antártica, a parte continental mais setentrional do continente, onde está concentrada metade das instalações de pesquisa e também 95% das viagens turísticas.
A conclusão da pesquisa é de que a pegada de carbono negro na Antártica cresceu à medida que a presença humana aumentou no continente. "Navios, aviões, usinas a diesel, geradores, helicópteros e caminhões são fontes locais ricas em carbono negro", concluem os cientistas.
ARTIGO Nature Communications - DOI:10.1038/s41467-022-28560-w.
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