Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Uma supernova a 11 milhões de anos-luz daqui
de 2014 a 2017, o telescópio Hubble flagou essa supernova e seu "eco" na galáxia M82, a mais de 11 milhões de anos-luz daqui ??
não é atoa que esse tipo de evento, cuja luminosidade intrínseca é conhecida, pode ser usado para medir distâncias entre as galáxias #AstroMiniBR pic.twitter.com/whDvIt4MXY
A galáxia M82 é uma galáxia com uma alta taxa de formação de estrelas e com ventos poderosíssimos. Sua forma alongada conferiu a ela o nome popular de Galáxia do Charuto por sua aparência visual alongada: de fato, M82 é uma galáxia irregular resultante da interação com a grande galáxia espiral M81. Encontra-se na direção da constelação da Ursa Maior e está a uma distância de aproximadamente 11,5 milhões de anos-luz da Terra. Sua alta taxa de formação estelar faz com que ela seja uma região propícia a explosões de supernovas e foi justamente um evento como esse que foi observado por acaso pelo Observatório da Universidade de Londres em janeiro de 2014. O evento que ficou conhecido como SN 2014J, foi uma supernova de tipo Ia e foi a explosão estelar de sua natureza que ocorreu mais próxima da Via Láctea nos últimos 40 anos. O registro acima mostra uma animação dessa explosão e seu “eco” acompanhado pelo Telescópio Espacial Hubble ao longo de 3 anos, de 2014 a 2017. Os astrônomos acreditam que essa fase intensa de formação estelar na galáxia M82 irá durar pelo menos pelos próximos 100 milhões de anos.
#2: Quando a arte e a astronomia se encontram
Você já imaginou como seria ver uma nebulosa em 3 dimensões?
O vídeo mostra um modelo 3D da nebulosa IC 1795. É uma aproximação da visão real, com base em conhecimentos científicos e impressão artística.
Demais, né?#AstroMiniBR
(c) @JP_Metsavainiopic.twitter.com/f9Jm2FVHBD
Para alguns astrônomos toda nebulosa se parece com alguma coisa familiar se a olharmos para ela por tempo suficiente. Alguns poderia dizer que a nebulosa acima parece a cabeça de um peixe, outros diriam que parece uma ponte cósmica. Há, é claro, os que não veriam nenhuma coisa e nem outra. De fato, esta nebulosa, conhecida como IC 1795 é uma região de formação estelar na constelação norte de Cassiopeia. Repleta de filamentos cósmicos de gás brilhante e nuvens de poeira, as cores artificiais colocadas nas suas imagens foram criadas adotando o padrão de coloração do Hubble que mapeia as emissões de átomos de oxigênio, hidrogênio e enxofre em tons de azul, verde e vermelho, respectivamente. Localizada a pouco mais de 6.000 anos-luz de distância do Sistema Solar, a IC 1795 ganhou contornos artísticos e fantásticos nessa animação em 3D feita pelo artista e astrofotógrafo J. P. Metsavanio. Para criá-la, ele utilizou tanto as observações astronômicas reais quanto suas deduções artísticas de como seria uma viagem através dessa belíssima nebulosa.
#3: Mais uma da série: é planeta ou não é?
Passando na sua timeline o bloco "ja flui planeta e não sou mais!"
A descoberta de Eris levou ao questionamento do que seria um planeta, ja que o objeto é bem semelhante a Plutão em muitas formas. Por isso o seu nome é em homenagem à deusa da discórdia hahaha #AstroMiniBR pic.twitter.com/ORkx5cB36t
Eris é um planeta anão que atualmente encontra-se orbitando o Sol a cerca de duas vezes a distância de Plutão. É o maior planeta anão descoberto até então e possui cerca de 27% mais massa que Plutão, um dos últimos detentores desse título. Assim como Plutão, Eris possui uma lua, conhecida como Dysnomia, cuja movimento orbital ao redor do planeta anão possibilitou o cálculo da sua massa. Quando foi descoberto, em 2005, o então novo corpo lançou a discórdia entre os astrônomos quanto à melhor definição da categoria dos planetas. Por essa razão, o planeta anão foi batizado de Éris, nome da deusa da discórdia na mitologia grega. Sua descoberta foi uma das causas indireta do rebaixamento de Plutão à categoria de planeta anão, fato que até hoje muita gente não tolera.
#4: Se o homem já foi à Lua, por que não conseguimos ver os vestígios da missão em sua superfície?
Se vc já se perguntou pq não conseguimos tirar foto do local onde o homem pisou na Lua (daqui da Terra ou de telescópios em órbita), tá aí uma imagem tirada a apenas 39 km do solo lunar. E mesmo com um zoom danado, o local de pouso da Apollo 11 continua pequenininho #AstroMiniBR https://t.co/ZvBTDxLwW1
Essa é uma pergunta típica que muitas pessoas se fizeram em algum momento de suas vidas. A resposta para ela, mesmo que não seja óbvia para todos, é relativamente simples: nós não conseguimos ver os resquícios deixados pelas missões Apollo na Lua pela mesma razão que não conseguimos ver uma formiga a uma distância de mil quilômetros de nós. Simplesmente porque não temos sequer 1% da capacidade visual necessária para isso. As dimensões da Terra e da Lua são muito, mas muito superiores que os limites ópticos capazes de serem captados pelos nossos olhos. Nem mesmo com câmeras fotográficas potentes e bons telescópios amadores seria possível enxergar algo tão pequeno na superfície da Lua. Nem mesmo se apontássemos o Hubble (um dos melhores telescópios espaciais da história para a sua superfície) seria possível ver os vestígios como o módulo lunar por lá. Entretanto, se fizermos uma boa combinação de aproximação e qualidade óptica, aí sim poderemos distinguir os objetos em sua superfície. E é exatamente isso que a sonda da NASA Lunar Reconnaissance Orbiter é capaz de fazer!
#5: As estrelas não têm o mesmo formato que as estrelinhas da sua infância!
decepcionante, mas o formato das estrelas é ??, não ??
é bem difícil imagear estrelas sem que pareçam pontinhos no céu. só conseguimos fazer isso com algumas que estejam na fase de (super-)gigante e próximas da gente
exemplos são W Hydrae, Antares e Betelgeuse#AstroMiniBR + pic.twitter.com/R2RLIkTqpu
Pode parecer trivial, mas o óbvio às vezes precisa ser dito: você aprendeu o formato errado das estrelas. A não ser, é claro, que você tenha se interessado por astronomia em algum momento da sua vida. Dessa forma, eventualmente você descobriu que as estrelas assumem o formato aproximadamente esférico devido ao equilíbrio entre as forças que atuam em sua estrutura: a força gravitacional e a força gerada pelos processos radiativos em seu interior!
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