Tomates roxos não são exatamente uma novidade para nós, brasileiros, onde esses transgênicos existem há mais de uma década. Mas, nos EUA, onde há grande resistência da população em consumir alimentos feitos através da engenharia genética, os produtos ainda são tabu. Ou eram: uma empresa chamada Norfolk Plant Sciences, do Reino Unido, solicitou a aprovação do fruto geneticamente modificado no ano passado, e está otimista com uma liberação.
De acordo com o consultor da empresa, Eric Ward, o grande diferencial dessa espécie de tomate roxo é que ele recebeu dois genes que não apenas fazem com que a polpa do fruto seja roxa, mas também produz até dez vezes mais antocianinas, um pigmento antioxidante utilizado na prevenção e no retardamento de doenças cardiovasculares, do câncer e doenças neurodegenerativas.
Um superalimento?
Fonte: Norfolk Plant Sciences/Divulgação.Fonte: Norfolk Plant Sciences
O tomate roxo britânico, criado em 208 pela professora de ciências vegetais Cathie Martin, no John Innes Centre de Norwich no Reino Unido, surpreendeu seus criadores quando se descobriu que ratos cuja dieta havia sido suplementada com pó dessa espécie modificada de planta viveram quase 30% a mais do que os que seguiram uma dieta padrão ou apenas suplementada com pós de tomate comum.
Agora, os produtores esperam que, com o status de "superalimento" nutritivo, o tomate roxo possa finalmente chegar à mesa dos norte-americanos que, até agora, têm sido muito relutantes em aprovar cultivos geneticamente modificados.
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