Estação Espacial Internacional vai ser desativada e cair na Terra em 2031

A NASA publicou recentemente detalhes atualizados sobre o que poderá ser o adeus a Estação Espacial Internacional (ISS). Considerado a “última estimativa orçamentária para a extensão da vida útil” do laboratório orbital, o relatório prevê a extensão dos trabalhos na instalação até o final do ano de 2030, assumindo a saída de órbita do equipamento, chamada de “deórbita”, em janeiro de 2031.

De acordo com o documento Relatório de Transição da ISS, na data prevista, a estação de 109 metros de comprimento e massa de 300 toneladas vai sair de órbita, através de uma reentrada controlada sobre o Oceano Pacífico. A parte que não se desintegrar na atmosfera terrestre mergulhará nas águas de Point Nemo, conhecida como Área Desabitada Oceânica do Pacífico Sul (SPOUA), e considerado "o lugar mais solitário da Terra".

O que acontecerá depois que a ISS deorbitar?

Antes que a ISS mergulhe para sempre nas águas geladas do Oceanos Pacífico, no chamado “cemitério de naves espaciais” a 2,7 mil quilômetros da porção de terra mais próxima, ela passará sua última década desenvolvendo inúmeras operações comerciais da chamada "economia da órbita baixa da Terra".

Vivendo atualmente o seu momento mais movimentado, a estação espacial hospeda centenas de experimentos científicos de outras agências governamentais, além de acadêmicos e usuários comerciais. No setor de pesquisa e desenvolvimento, a NASA avança em tecnologias e procedimentos destinados a enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua, e também os primeiros humanos a Marte.

O Recife Orbital. (Fonte: Blue Origin/Divulgação.)Fonte:  Blue Origin 

Para um cenário pós-ISS, a agência norte-americana de aeronáutica e espaço já prepara uma transição de equipamentos para outras estações espaciais comerciais futuras.

A Blue Origin de Jeff Bezos projeta a construção de um "parque empresarial espacial" – o Recife Orbital – centro de pesquisas, filmagens espaciais e hotel. A Lockheed Martin trabalha em uma parceria com a empresa de reciclagem espacial NanoRacks para construir a "primeira estação espacial comercial de voo livre" até 2027.