Um novo estudo científico mostrou, através de imagens de exames radiológicos, que pacientes com o esquema vacinal completo contra o coronavírus tem características clínicas mais leves. Os resultados foram comparados com pessoas parcialmente vacinadas e não-imunizadas.
Já são mais de 270 milhões de casos de covid-19 em todo o planeta. A taxa de mortalidade, na média, está próxima a 2%. Mas as estimativas mostram que ela diminuiu ao longo de 2021, conforme a vacinação avançou em muitos países do mundo.
Com o surgimento, no final do ano passado, da nova variante ômicron, o número de casos voltou a subir. A cepa é altamente transmissível.
Por isso é muito importante saber como a vacinação afeta não apenas a gravidade da doença, mas também os dados clínicos e os resultados de exames médicos de imagens.
Para voltar ao antigo normal, a vacinação massiva de todas as pessoas é fundamental (Fonte. Pexels/Anna Shvets)Fonte: Pexels/Anna Shvets
Na pesquisa realizada foram analisados dados de junho a agosto de 2021 de pacientes adultos coletados de um repositório aberto coreano. Foi usado um grupo de 761 pacientes hospitalizados com covid-19, dos quais 51% eram mulheres, com média de idade de 47 anos.
A grande maioria dessas pessoas, 77%, ainda não havia sido vacinada contra a doença. Os pesquisadores avaliaram radiografias de tórax de 412 deles, obtidas durante a internação, com base no estado vacinal do paciente.
Completar a vacinação é importante
O resultado da comparação associou a vacinação completa com menos necessidade de oxigênio suplementar do que os outros pacientes. Pessoas vacinadas também tinham menor risco de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).
Também houve correlação entre o agravamento da doença com outras características clínicas, como idade, diabetes, linfocitopenia, trombocitopenia e desidrogenase lática elevadas e proteína C reativa elevadas. As descobertas foram publicadas na revista científica Radiology.
Os pesquisadores se atentaram para a diferença de perfil entre os grupos. É que, quando foi conduzido, na Coreia do Sul apenas grupos prioritários como idosos e pessoas com certas comorbidades haviam sido vacinadas com as doses obrigatórias.
“Apesar dessas diferenças, a ventilação mecânica e a morte hospitalar ocorreram apenas no grupo não vacinado”, diz o Yeon Joo Jeong, autor do estudo, em comunicado à imprensa. “Os pacientes totalmente vacinados tinham um risco significativamente menor de necessitar de oxigênio suplementar e de internação na UTI do que os pacientes não vacinados”, afirma.
“O objetivo deste estudo foi documentar as características clínicas e de imagem das infecções inovadoras por covid-19 e compará-las com as de infecções em pacientes não vacinados”, acrescenta Jeong.
No Brasil, a vacinação contra a covid-19 pode ser tomada em postos do serviço público de saúde e é gratuita. Quaisquer pessoas acima dos 6 anos de idade podem se vacinar.
O esquema vacinal completo prevê duas doses dos imunizantes Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, e uma dose da Jansen. As doses de reforço para todas as vacinas já estão sendo aplicadas a partir de 4 meses da segunda dose ou dose única.
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