Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Como a Lua surgiu?
Como a Lua se formou?
Um dos principais modelos, a Hipótese do Grande Impacto, sugere que a Lua se formou dos detritos da colisão entre a Terra e um corpo do tamanho de Marte, chamado Theia, 4,5 bilhões de anos atrás!#AstroMiniBR
via @Rainmaker1973 pic.twitter.com/cpokpzNlMQ
A principal hipótese científica que explica a formação da nossa Lua sugere que ela tenha sido criada a partir de um gigantesco impacto de proporções planetárias. Logo após a formação dos planetas no Sistema Solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era um lugar muito diferente do que é hoje, extremo e inóspito, sua superfície brilhava devido aos grandes rios e mares de lava. Inúmeros detritos da formação planetária ainda vagavam a esmo pelo vazio. Nesse cenário, um outro corpo, aproximadamente do tamanho de Marte, orbitava o Sol em uma região muito próxima à da Terra. Chamado de Theia, o pequeno corpo planetário cruzou a órbita da Terra e eles entraram em rota de uma inevitável colisão. Em uma escala de poucos anos, o anel de detritos de vapor, poeira e rocha derretida se aglutinou novamente, fazendo com que os maiores pedaços atraíssem mais e mais partículas, crescendo cada vez mais rápido até formar nossa Lua. Logo após seu nascimento, a Lua estava 15 vezes mais próxima da Terra do que é hoje e o dia da Terra tinha apenas seis horas de duração!
#2: Uma “computadora” de Harvard
Annie Jump Cannon ?
trabalhou com um grupo de mulheres chamado “computadoras de Harvard” (por 50 cents a hora!!) classificando estrelas.
desenvolveu um sistema de classificação estelar usado até hoje e catalogou cerca de 350.000 estrelas ao longo de sua vida!#AstroMiniBR pic.twitter.com/LTa5XlPoOq
Annie Jump Cannon (1863 – 1941) foi uma brilhante astrônoma estadunidense que revolucionou a forma como os cientistas classificam as estrelas. Conhecida como a “recenseadora do céu” em seu tempo e após, Annie não apenas desenvolveu um importante sistema de classificação espectral (conhecido como sistema de Harvard), mas também classificou cerca de 350.000 estrelas manualmente. Sob a direção do famoso Pickering, ela e mais um grupo de mulheres trabalharam para completar o catálogo de estrelas de Henry Draper, classificando todas as estrelas visíveis do céu. Infelizmente, essas mulheres eram mal pagas e ganhavam apenas 50 centavos por hora. No entanto, Cannon não deixou que isso a impedisse de fazer grandes descobertas científicas. Por conta delas, ela se tornou a primeira mulher a receber um grau de Doutor em Astronomia da Universidade de Groningen, a primeira mulher a receber um diploma honorário da Universidade de Oxford, e em 1931, tornou-se a primeira mulher a receber a Medalha de Honra Henry Draper da Academia Nacional de Ciências.
#3: Podemos ver mais do que estrelas a olho nu no céu noturno!
?? Você sabia que podemos ver outras galáxias a olho nu no céu?
No hemisfério Sul, em um céu escuro o suficiente (longe de grandes de cidades e sem nuvens), podemos encontrar duas galáxias-satélites: a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães (LMC e SMC na imagem).#AstroMiniBR pic.twitter.com/xbL2s7GaJI
Além das constelações tradicionais (e da Lua, claro), é possível ver algumas outras galáxias sem usar um telescópio! Essa é uma informação particularmente interessante para os entusiastas e astrônomos brasileiros porque nossos vizinhos galácticos mais próximos, a Grande e Pequena Nuvem de Magalhães, são relativamente fáceis de ver do hemisfério sul. Além destas, uma das galáxias mais bonitas que podemos ver a olho nu é visível no céu noturno durante boa parte do ano. A majestosa Galáxia de Andrômeda, conhecida formalmente como M31, é grande e brilhante o suficiente para ser vista a olho nu em noites bem escuras e sem o brilho da Lua. Inclusive, além da Via Láctea, a Galáxia de Andrômeda é a única outra galáxia espiral que podemos ver a olho nu!
#4: As populações galácticas em um aglomerado de galáxias
Aglomerados de galáxias tendem a ter galáxias mais velhas (vermelhas) no centro que nas bordas. No centro a vida é mais agitada que no “subúrbio” do aglomerado. Essa vida boêmia com fusões e explosões acaba com o gás da galáxia e entra no modo deixa a vida me levar. #astrominibr pic.twitter.com/ORq0X0Vibp
Aglomerados de galáxias são as maiores estruturas ligadas pela gravidade que existem no Universo. Consistem em agrupamentos de centenas a milhares de galáxias e, além disso, possuem matéria escura e um gás intergaláctico extremamente quente. Os aglomerados de galáxias podem ser classificados de acordo com muitas categorias, desde a quantidade de galáxias presentes no sistema até o seu formato espacial. Contudo, existem algumas características-padrão que parecem representar bem a distribuição média de galáxias nesses grandes sistemas. Um deles é o fato de que a maioria dos aglomerados parecer hospedar em suas regiões centrais grandes galáxias elípticas, mais velhas e mais avermelhadas que as galáxias das suas periferias, caracterizadas por serem essencialmente espirais, mais jovens e mais azuladas.
#5: A erupção em Tonga vista do espaço
Não é só na astronomia que o infravermelho tem muito a nos mostrar. Nessa sequência de imagens do ??? GOES-West (@NOAASatellites) a observação no infravermelho nos permite visualizar durante a noite a ?? de cinzas e a onda de pressão liberada pelo ?? em Tonga.#AstroMiniBR pic.twitter.com/dOZRCD4O1T
No dia 15 de janeiro, uma enorme e massiva erupção vulcânica na região de Tonga (uma ilha na Oceania) desencadeou um tsunami que se espalhou pelo Pacífico em questão de poucas horas. As fortes ondas atingiram a Austrália, a Nova Zelândia e o Japão, bem como as costas oeste da América do Norte e do Sul, e uma onda de choque atmosférica foi detectada em todo o planeta. O evento, que deixou milhares de pessoas em Tonga em estado de calamidade e com necessidade de ajuda externa, pôde ser visualizado por alguns satélites espaciais de monitoramento da superfície da Terra. Um deles, o satélite GOES-West, possibilitou a visualização da distribuição da onda de choque e das nuvens de fuligem liberadas pelo vulcão.
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