A Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz), uma das principais instituições de pesquisa do Brasil, divulgou na quarta-feira (19) uma nova edição do Boletim do Observatório Covid-19, na qual revela um aumento expressivo no número de casos da doença no país durante a primeira quinzena do mês de janeiro. Segundo o levantamento, foram contabilizados, em média, 49 mil novos registros por dia.
O valor, atribuído a uma taxa maior de transmissibilidade da variante ômicron do coronavírus, corresponde a seis vezes o que foi observado no mesmo período durante o mês de dezembro de 2021. Felizmente, o aumento do número de casos não foi seguido de uma elevação nas mortes, que tiveram números reduzidos, fenômeno atribuído à efetividade das vacinas, que também tiveram influência na redução dos casos mais graves de covid-19.
De acordo com a Fiocruz, no período de 2 a 15 de janeiro, foram registrados no Brasil, 130 óbitos/dia, valor proporcionalmente baixo em relação ao aumento dos registros de covid. Considerada pelos especialistas como principal responsável pela redução da gravidade dos casos, a campanha de imunização completou um ano na segunda-feira (17). Nesse período, 78,8% da população brasileira imunizou-se com a primeira dose e 68% com a imunização completa.
Fonte: Prefeitura de Caucaia/Divulgação.Fonte: Prefeitura de Caucaia
Pandemia piora no Brasil
No mesmo dia (19) em que a Fiocruz divulgou seu boletim, o consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde mostrou em seu balanço diário a ocorrência de 349 morte por covid-19, elevando a média semanal de vítimas para 215. O número de novas infecções, por sua vez, atingiu um recorde: 205.310, o maior registro em 24 horas desde o início da pandemia.
Esse recrudescimento de casos no Brasil, durante as duas primeiras semanas do ano, também se refletiu na ocupação dos leitos de UTI para covid-19 revelada pelo boletim da Fiocruz. Segundo a instituição, quatro estados brasileiros ingressaram na zona de alerta crítico de taxas de ocupação (superiores a 80%): Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%). .
Mas, em meio à divulgação de números desanimadores, o Brasil celebra a aprovação do registro do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo que viabilizará a produção e distribuição de uma vacina 100% nacional contra a covid-19 pela Fiocruz. Além disso, crianças de 5 a 11 anos começaram a ser imunizadas, para ampliar a cobertura vacinal. Para 2022, especialistas reforçam a importância do passaporte vacinal e dos diversos métodos de proteção coletiva.
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