Daqui a duas semanas, no dia 4 de fevereiro de 2022, acontece a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, na China. Será a primeira vez que aquele país sediará as Olimpíadas de Inverno, o que ocorre 14 anos após as Olimpíadas de Verão serem realizadas no mesmo local.
Mas, para garantir as condições climáticas ideais para a realização das competições, o comitê organizador programou os eventos de montanha para os resorts de Yanqing e Zhangjiakou. Nem sempre os Jogos Olímpicos de Inverno conseguem uma sede ideal para a sua realização, à medida que o inverno muda continuamente no Hemisfério Norte, devido às mudanças climáticas globais.
Um novo estudo indicou que sem uma redução significativa na poluição no mundo todo, apenas uma das 21 sedes os jogos de inverno será capaz de sediar o evento até o fim deste século.
Estádio Nacional de Pequim. (Fonte: Edwin Lee/Flickr/Reprodução.)Fonte: Edwin Lee/Flickr
Mudanças climáticas e futuro dos Jogos Olímpicos de Inverno
Preocupados com os riscos que essas alterações do clima representam para o desempenho dos atletas, tanto nos locais da competição quanto nas áreas de treinamento, um grupo de pesquisadores do Canadá, Áustria e Estados Unidos, conduziu um estudo sobre o tema.
Publicado em dezembro de 2021 na revista Current Issues in Tourism, a pesquisa envolveu 339 atletas e treinadores de elite de 20 países, que foram chamados para definir as condições justas e seguras para competições de esportes de neve. A maioria dos participantes respondeu que a frequência de condições injustas e inseguras aumentou muito nos últimos 50 anos em todos os 21 locais anfitriões dos Jogos Olímpicos de Inverno.
A conclusão foi que, se as emissões globais de gases de efeito estufa não forem drasticamente reduzidas, somente uma das 21 cidades que sediaram a competição poderá fazê-lo novamente. Os atletas mostraram-se apreensivos sobre o futuro de seus esportes.
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