A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial do imunizante Coronavac em crianças dos 6 aos 17 anos. A dose infantil será a mesma que a dos adultos, e o intervalo, de 28 dias.
Inicialmente o pedido foi pela aplicação da vacina a partir dos 3 anos de idade, mas o órgão concluiu que ainda não existem dados o suficientes que justifiquem a imunização dessa faixa etária. O parecer da direção seguiu a recomendação dada pela área técnica.
Anvisa aprovou o uso emergencial da coronavac em crianças de 6 a 17 anos (Fonte: Pixabay/neelam279)Fonte: Pixabay
A decisão foi tomada com base em dados já existente de eficácia. A vacinação no Chile de crianças 6 aos 16 anos foi uma das principais provas da efetividade da vacina e determinante para a sua aprovação, segundo informou o gerente-geral Gustavo Mendes ao jornal Folha de S.Paulo.
No total, foram apresentados estudos clínicos de fases 1, 2 e 3, bem como dados de quase 2 milhões de crianças vacinadas em diferentes países que monitoram de perto a qualidade do imunizante.
Esse é o segundo pedido enviado pelo Instituto Butantan. O primeiro, de julho do ano passado, foi rejeitado por falta de dados de pesquisas. A aprovação agora está condicionada à entrega de dados de estudos clínicos de nível 3 que o instituto está desenvolvendo.
Imunização infantil no Brasil
O Ministério da Saúde está estudando a adoção da Coronavac na imunização dos menores de idade. A vantagem no uso dessa vacina é que há estoque disponível no país para a aplicação imediata, já que a dose usada é a mesma que a de adultos. Só o governo de São Paulo diz já ter 12 milhões de medicamentos reservados para essa finalidade.
Desde o começo do ano, iniciou no país a vacinação de crianças a partir dos 5 anos de idade. Ela está sendo feita com o imunizante da farmacêutica Pfizer, que possui uma versão pediátrica especial, que contém um terço da adulta. O Ministério da Saúde espera receber até 30 milhões de doses até março.
A rejeição da vacinação infantil dos 3 aos 5 anos poderá ser revista, quando houver mais dados disponíveis. Para isso, o Instituto Butantan, fabricante das vacinas aqui no Brasil, deve entrar com um novo pedido de aprovação no futuro.
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