Chegamos ao segundo ano de pandemia da covid-19 com uma série de indefinições sobre o desfecho da disseminação mundial da doença. Embora mais de 50% da população mundial tenha sido vacinada com pelo menos uma dose, a desigualdade da distribuição do imunizante permitiu que novas variantes do vírus SARS-CoV-2 se instalassem entre nós. À medida que cada uma delas se espalhou, os sintomas da covid também mudaram.
Depois que a primeira cepa do vírus, a de Wuhan, na China, se tornou conhecida, os sintomas clássicos da covid-19 têm sido: febre, tosse seca, cansaço e perda do paladar ou do olfato. Havia também relatos de dor de cabeça, garganta inflamada, olhos vermelhos, diarreia, erupções cutâneas e descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Em sua fase grave, as pessoas tinham dificuldade de respirar, perda da fala, confusão mental e dor no peito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Recentemente, o Instituto Butantan, de São Paulo, divulgou uma espécie de checklist com os sintomas mais comuns de cada uma das variantes de preocupação (VOCs) existentes. Veja abaixo:
Ômicron
Detectada em 25 de novembro deste ano pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul, a variante ômicron ainda carece de mais dados sobre sintomas e gravidade clínica para ter um perfil traçado, segundo a OMS.
Os pacientes já estudados relataram cansaço extremo, dores no corpo, dor de cabeça e garganta, mas sem perda de olfato ou do paladar. A maioria deles teve quadros leves da doença e foi tratada em casa. Segundo a Reuters, metade dos pacientes não havia sido vacinada.
Além da vacina, medidas de prevenção como uso de máscara e higiene das mãos ajudam a combater o coronavírus (créditos: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Delta
Desde que a variante delta foi descoberta na Índia em outubro de 2020, ela foi acompanhada no Reino Unido pelo King’s College de Londres através de um aplicativo chamado Zoe Covid Study. A delta se mostrou mais transmissível do que as VOCs alfa, beta e gama, com alto risco de hospitalização entre não vacinados.
Os sintomas mais comuns relatados pelos pacientes foram: coriza, dor de cabeça e de garganta, espirros, tosse persistente e febre.
Gama
Chamada de variante brasileira, pois se tornou predominante em Manaus no final de 2020, com um aumento brusco de hospitalizações e mortes que causaram o colapso do sistema de saúde no estado do Amazonas.
Os pacientes infectados pela gama no Brasil revelaram o surgimento dos seguintes sintomas: febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
Paciente faz teste de covid (créditos: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Alfa
Detectada inicialmente no Reino Unido em setembro de 2020, a variante alfa foi associada a um maior risco de morte em relação ao vírus original. Ela tem como sintomas mais comuns a perda ou alteração do olfato e do paladar, febre, tosse persistente, calafrios pelo corpo, perda de apetite e dores musculares.
Beta
A variante beta foi detectada na África do Sul em outubro de 2020, e seus sintomas são praticamente os mesmos da alfa. Ao analisarem a gravidade da variante beta, pesquisadores do Catar concluíram que essa mutação causa mais hospitalizações e mortes em não vacinados do que a variante alfa.
Os sintomas mais comuns incluem febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
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