Os pacientes imunossuprimidos são mais suscetíveis a infecções que podem se tornar graves e até fatais, como é o caso da covid-19. A imunossupressão pode ser temporária ou permanente, sendo causada por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de certos procedimentos médicos. Conheça um pouco mais dessa condição e como cuidar da saúde.
O que é imunossupressão?
Tratamento contra o câncer pode causar imunossupressão nos pacientes. (Fonte: Shutterstock/Pixel-Shot)Fonte: Shutterstock/Pixel-Shot
O sistema imunológico é composto de células, tecidos e órgãos que ajudam o corpo a evitar infecções. A imunossupressão é o estado em que o sistema imunológico não está funcionando tão bem quanto deveria. Sem um sistema imunológico intacto, as infecções que o corpo poderia ser capaz de controlar sozinho podem se tornar graves e até fatais.
A supressão pode ser o resultado de uma doença que atinge o sistema de defesa do corpo, tal como a Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids), causada pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV), ou em consequência dos agentes farmacêuticos usados para lutar contra determinadas circunstâncias, como o câncer.
Em alguns casos, a imunossupressão pode ser deliberadamente induzida. Essa indução pode ser necessária para intervenções terapêuticas, tais como o transplante de tecidos e órgãos, para reduzir o risco de rejeição.
Quais são os sintomas da imunossupressão?
Pacientes imunossuprimidos costumam ter infecções com mais facilidade. (Fonte: Shutterstock/Drazen Zigic)Fonte: Shutterstock/Drazen Zigic
Geralmente, os pacientes imunossuprimidos são suscetíveis à infecção pelos microrganismos diários que não representam ameaça aos indivíduos saudáveis. Esses micróbios podem causar infecções oportunistas — causadas por bactérias, vírus, parasitas e fungos — e atingem frequentemente aqueles com sistemas imunológicos enfraquecidos, pois eles se espalham facilmente através dos líquidos corporais, do ar ou por meio de alimento, água, animais e objetos contaminados.
Os indivíduos imunossuprimidos têm infecções mais frequentes e difíceis de tratar, especialmente nos aparelhos respiratórios e gastrointestinais, assim como em outros órgãos internos e sistemas.
Como a imunossupressão é diagnosticada?
Um exame de sangue pode ajudar a diagnosticar a imunossupressão. (Fonte: Shutterstock/Choksawatdikorn)Fonte: Shutterstock/Choksawatdikorn
A imunossupressão pode facilmente ser identificada a partir de uma análise de sangue, com a contagem de glóbulos e níveis de imunoglobulina, que são proteínas envolvidas no primeiro combate às infecções. A funcionalidade do sistema imunológico pode ser verificada também por testes complementares que identificam se há a imunidade celular e humoral.
A imunossupressão temporária pode ser causada por uma variedade de infecções comuns, incluindo gripe e mononucleose, que enfraquecem a resposta imunológica. No entanto, quando as células imunológicas ou outras facetas do sistema imunológico são os alvos da infecção, pode ocorrer imunossupressão grave.
Como os pacientes imunossuprimidos devem ser tratados?
Terapia contra imunossupressão busca tratar infecções com remédios e fortalecer o sistema imunológico. (Fonte: Shutterstock/Solarseven)Fonte: Shutterstock/Solarseven
O tratamento da imunossupressão deve ser realizado a partir da causa da doença. Além disso, é importante fortalecer o sistema imunológico ao mesmo tempo que se tratam as infecções.
Se as bactérias são as culpadas, antibióticos devem ser administrados. Em alguns casos, o uso prolongado dos remédios é necessário para impedir uma infecção mais adicional quando o sistema imunológico do paciente estiver ainda fragilizado.
Há diversas terapias que podem ser empregadas ao tentar impulsionar a imunidade de um indivíduo imunossuprimido, como as imunoglobulinas administradas de forma intravenosa ou subcutânea.
Imunossuprimidos estão no grupo de risco da covid-19?
Pacientes imunossuprimidos tiveram prioridade na vacinação contra covid-19. (Fonte: Shutterstock/Studio Romantic)Fonte: Shutterstock/Studio Romantic
Os pacientes imunocomprometidos são mais propensos a ter covid-19 grave e a uma taxa de mortalidade mais alta do que a média da população. Por isso, a Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizaram uma terceira dose das vacinas para pessoas imunossuprimidas antes que a dose adicional fosse liberada para o resto da população.
Isso ocorre porque seus sistemas imunológicos não respondem de forma forte às vacinas. Um estudo de março mostrou que apenas cerca de 56% das pessoas imunocomprometidas construíram níveis suficientes de proteção contra o novo coronavírus após uma segunda dose de vacina com mRNA (Pfizer ou Moderna).
Os resultados preliminares de um estudo em Israel indicaram que essa terceira dose pode ter dobrado a taxa de receptores de transplantes que desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus.
Quais são os cuidados que devem ser tomados além da vacina?
Imunossuprimidos devem ter mais atenção com prevenção contra a disseminação do coronavírus. (Fonte: Shutterstock/Halfpoint)Fonte: Shutterstock/Halfpoint
Pacientes que são imunocomprometidos geralmente podem viver suas vidas como qualquer outra pessoa. No entanto, precisam estar mais atentos a cuidados como reforço da vacinação, uso de máscara e evitar aglomerações, especialmente em locais fechados.
Essas pessoas precisam se preocupar um pouco mais com doenças e infecções virais comuns, incluindo a gripe, contra a qual também devem ser vacinados. Além disso, alguns pacientes que estão tomando certos medicamentos precisam evitar até os micro-organismos presentes do meio ambiente, como mofo em porões ou sujeira que podem ter bactérias.
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