O Observatório Nacional divulgou, na terça-feira (7), que dois asteroides classificados pela NASA como Objetos Potencialmente Perigosos (PHO, na sigla em inglês) farão sua aproximação máxima com a Terra nos dias 11 e 17 de dezembro. As duas rochas espaciais também são consideradas como Objetos em Órbita Próxima à da Terra (NEOs em inglês).
É importante ressaltar que, apesar da classificação astronômica, os dois objetos não apresentam qualquer risco de colisão com o nosso planeta. A classificação de “potencialmente perigosos” é atribuída pela NASA para qualquer asteroide que tenha mais de 140 metros de diâmetro e uma aproximação de pelo menos 7,48 milhões de quilômetros da Terra.
Dentro desses parâmetros, o primeiro asteroide a se aproximar do nosso planeta é o 4660 Nereus, com 330 metros de diâmetro, que passará a uma distância de 0,0263 unidades astronômicas (ua). Como cada ua corresponde a 150 milhões de quilômetros, esse objeto alcançará uma distância de cerca de 3,95 milhões de quilômetros da Terra, o equivalente a mais de dez vezes a distância média da Lua.
Compreendendo os asteroides
Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI). (Fonte: IMPACTON/Divulgação.)Fonte: IMPACTON
Uma semana antes da véspera de Natal, será a vez do asteroide (163899) 2003 SD220, este com aproximadamente 791 metros de diâmetro, passar “perto” da Terra, segundo o observatório brasileiro. Como a aproximação máxima será de 0,036 ua, isso significa uma distância de 5,4 milhões de quilômetro, ou quase 14 vezes o percurso médio até a Lua.
De acordo com o astrônomo do Observatório Nacional Filipe Monteiro, embora o 4660 Nereus e o (163899) 2003 SD220 cruzem a órbita do nosso planeta, eles fazem parte de subgrupos distintos, sendo o primeiro um Apollo e o segundo um Aten. Os Atens apresentam uma órbita menor que a da Terra, enquanto os Apollos têm uma órbita maior do que a do nosso planeta.
Embora os dois asteroides não representem nenhum risco de colisão com a Terra, as "observações desses objetos são fundamentais para avaliar melhor a evolução de suas órbitas”, explicou o astrônomo. No Brasil, o projeto IMPACTON (Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra no Observatório Nacional) lidera as pesquisas nessa área.
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