Elas parecem aviões, mas as turbinas desenvolvidas pela empresa sueca Minesto funcionam debaixo da água. Durante o ano de 2020, elas foram usadas em teste para abastecer as ilhas Faroé (localizadas no Atlântico Norte) de energia elétrica.
O funcionamento é similar ao de aeronaves. O fluxo de água permite que esses equipamentos gerem impulso e eletricidade. Cada turbina tem capacidade de fornecer energia suficiente para 50 a 70 casas.
Veja o vídeo mostrando o processo de instalação das turbinas (em inglês):
Com 5 metros de envergadura (distância de uma 'asa' a outra), essas turbinas são atadas por 40 metros de cabos de metal ao fundo do mar.
Essa configuração permite que elas se movam dentro da água, em velocidade maior que a maré, amplificando a quantidade de energia produzida. Essa característica é o diferencial entre os modelos existentes de turbinas subaquáticas
Além disso, computadores integrados permite que controladores ajustem o posicionamento delas. Assim, é obtida a maior eficiência na geração de energia possível, e permite que a turbina se adapte a mudanças na maré.
A eletricidade é transmitida por cabos até uma estação na cidade costeira mais próxima. As turbinas são instaladas em malhas, com distância suficiente para evitar colisões, criando verdadeiras usinas de energia limpa.
Modelo em teste das turbinas subaquáticas (Fonte: Minesto)Fonte: Minesto
Nas ilhas Faroé, arquipélago dinamarquês autônomo no oceano atlântico norte, essas turbinas contribuem para a rede elétrica da região. Durante o ano passado, o uso da tecnologia foi feito em fase experimental, com sucesso.
A Minesto agora quer fabricar turbinas de 12 metros de envergadura. A intenção é que metade da energia consumida nas casas do arquipélago seja produzida por meio dessa tecnologia. Com isso ilhas Faroé pretendem reduzir a emissão de poluentes a zero, até 2030.
Para a BBC, o diretor-executivo da Minesto, Martin Edlund, afirma que "em uma ilha como essa é impossível trazer eletricidade de outros países em uma emergência. O movimento das marés é quase eterno, e nós o vemos como uma adição crucial aos objetivos de zerar as emissões na próxima década."
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