Aos domingos, o TecMundo reúne algumas das principais notícias de saúde da semana em um só lugar. Confira os destaques da última semana abaixo.
O vírus
Notícias da pandemia
A nova variante ômicron
Na última semana, uma nova variante do coronavírus foi detectada na África do Sul. Rapidamente novos casos de covid-19 causados pela cepa foram registrados, inclusive fora do continente africano. Cientistas locais alertaram que a variante possui mais de 30 mutações somente na proteína em forma de espinhos que reveste o patógeno, o que pode tornar a nova versão do coronavírus mais transmissível do que as anteriores.
Em um movimento inédito, a OMS elevou a variante B.1.1.529 (depois batizada de ômicron) à classificação de variante de preocupação em apenas dois dias. Agora, a Omicron figura ao lado de outras cepas mais perigosas do vírus, como a Alpha, a Beta, a Gamma e a Delta.
Diversos países estão restringindo voos que partem da África do Sul como maneira de barrar a variante; no Brasil, após a Anvisa recomendar restrições para passageiros provenientes de seis países africanos, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou o fechamento das fronteiras aéreas para voos vindos de África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini.
Ao canal de notícias CNN, o diretor-presidente da Anvisa afirmou que existe a possibilidade de a variante ômicron já estar circulando no Brasil, mas nenhum registro foi feito até o momento.
Segundo a OMS, diversos estudos já estão em andamento para avaliar o risco que a ômicron pode representar, mas ainda não se sabe quão perigosa a variante é.
Pessoas caminham em shopping na Cidade do Cabo, na África do Sul (créditos: Chadolfski/Shutterstock)
São Paulo flexibiliza uso de máscaras
O uso de máscara em locais abertos ao ar livre vai deixar de ser obrigatório no estado de São Paulo a partir do dia 11 de dezembro. O anúncio foi feito pelo governo do estado na quarta-feira (24).
“Tomamos esta medida baseados em evidências científicas, que demonstram queda superior a 90% de internações em relação ao pico da pandemia, e a aceleração da vacinação no Estado", disse o governador João Doria (PSDB) ao fazer o anúncio.
Para os especialistas, a flexibilização exige cautela. Cientistas alertam que o distanciamento social sozinho nem sempre é suficiente para evitar a transmissão em alguns casos, como em lugares com muitas pessoas.
Um estudo publicado recentemente na revista científica AIP Physics of Fluids mostrou que o distanciamento de 2 metros entre as pessoas pode não ser suficiente para impedir a transmissão caso uma delas esteja infectada e comece a tossir sem máscara.
No twitter, a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19, fez um fio explicativo sobre o estudo.
Até mesmo em ambientes abertos, um distanciamento físico de 2m pode trazer riscos para 2 pessoas sem ??, se uma delas, com COVID-19, começa a tossir.
— Mellanie Fontes-Dutra ???? (@mellziland) November 24, 2021
Uso de ??, boa ventilação do ambiente e a ??são estratégias que SOMADAS ao distanciamento, protegem muito MUITO!
Mini-fio ???? pic.twitter.com/zqbjd7NR33
Mais vacinas, menos mortes
A Comissão Europeia publicou um gráfico nesta semana que mostra o impacto positivo da vacinação contra a covid-19 para reduzir drasticamente o número de mortes que a doença causa.
Data shows us that the higher the vaccination rate, the lower the death rate. #COVID19 #VaccinesWork pic.twitter.com/mORrrQOPsj
— European Commission ???? (@EU_Commission) November 23, 2021
Países que têm grandes porções da população já totalmente vacinadas, como Irlanda e Portugal, tiveram menos de 20 mortes por 1 milhão de habitantes em um período de 14 dias no mês de novembro. Na outra ponta, países com poucos vacinados, como é o caso de Bulgária e Romênia, as mortes passaram de 250 por milhão de habitantes no mesmo período.
O homem com dois corações
O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor) realizou em outubro uma cirurgia inédita no mundo, destinada a tratar um paciente com hipertensão arterial pulmonar acometido também de uma insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
O InCor adotou uma solução de uma lógica muito simples, mas de execução altamente complexa: usar um coração novo doado para reverter a pressão alta do pulmão, enquanto o coração doente, já "acostumado" à sobrecarga da pressão alta pulmonar, fornece um suporte ao coração recém-implantado. Leia mais aqui.
Minirrobôs contra o câncer
Os minirrobôs usados no estudo conseguem ainda mudar de forma (créditos: ACS Nano/American Chemical Society)
Um novo estudo publicado recentemente mostrou que robôs extremamente pequenos podem ser aliados no combate ao câncer. Inteligentes, eles conseguem entregar os remédios exatamente onde o corpo precisa deles, e assim minimizar os efeitos colaterais das terapias. Você pode ler mais sobre esses pequenos heróis aqui.