Na última quinta-feira (4), uma coalização de países, entre eles Chile e Polônia, assinaram um compromisso para eliminar gradualmente o uso de energia à base de carvão em seus territórios. O acordo, sobre um tema que tem sido o principal foco do governo britânico como anfitrião das negociações sobre o clima, foi firmado durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.
Com a assinatura dos dois tradicionais produtores de carvão mineral, o acordo totalizou 77 adesões, entre elas a do próprio Reino Unido, Alemanha e França. No entanto, alguns pesos pesados, como China e Estados Unidos recusaram-se a assinar. O Brasil também ficou de fora. De acordo com um comunicado do governo britânico, entre os signatários, as economias mais desenvolvidas eliminarão a geração de energia por carvão até 2030, e as restantes até 2040.
O fim do carvão está próximo
Fonte: pavlofox/Pixabay/ReproduçãoFonte: pavlofox/Pixabay
Segundo as autoridades, a produção de energia de carvão abrangida pelo acordo é a do tipo "incontrolável", assim chamada porque é produzida por usinas que não utilizam tecnologia para capturar o dióxido de carbono emitido, para armazenamento ou conversão em outras substâncias. Nesse sentido, o acordo pode significar o fechamento de 40 gigawatts, o equivalente a mais da metade da geração de eletricidade no Reino Unido.
No entanto, embora inclua alguns dos principais produtores de carvão do mundo, o acordo de quinta-feira ainda fica aquém de um compromisso global sério. Isso porque os principais consumidores do combustível fóssil (e os maiores poluidores mundiais) China, Estados Unidos e Índia, não fizeram parte do grupo que assinou o compromisso. No Brasil, o governo Jair Bolsonaro lançou um programa de investimentos em carvão para os próximos 10 anos.
"Os ambiciosos compromissos de hoje assumidos por nossos parceiros internacionais demonstram que o fim do carvão está próximo", resumiu o secretário de Energia do Reino Unido, Kwasi Kwarteng.
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