A doação de sangue é um ato voluntário que pode ajudar a salvar vidas, mas os estoques em vários hemobancos espalhados pelo Brasil estão baixos desde o início da pandemia: segundo o Ministério da Saúde, os registros caíram 10% em 2020, o que reduziu o estoque, mas não chegou a gerar desabastecimento.
Até pelos cuidados com a covid-19, é natural ter novas dúvidas sobre o assunto, o que pode afastar algumas pessoas que não sabem exatamente como proceder caso tenham se contaminado e já se recuperado da doença.
Cuidados e recomendações
De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice da Conceição, não há impedimentos a longo prazo na doação de sangue por quem teve teste com resultado positivo ou apresentou sintomas da covid-19. Ainda assim, há algumas recomendações que são necessárias para garantir o bom andamento do processo.
Quem pegou a doença, por exemplo, deve esperar 30 dias depois que todos os sintomas tiverem desaparecido para estar apto para a doação. Já quem teve contato com uma pessoa com o diagnóstico de covid precisa respeitas os 14 dias de quarentena, indicados para verificar o surgimento ou não de algum sinal de contágio.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, tosse, falta de ar e alterações no olfato ou paladar.
O Ministério da Saúde lançou campanhas para ampliar a doação de sangue em período de pandemiaFonte: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Apesar de não ser obrigatório, é recomendável que os voluntários façam o teste da covid-19 antes da doação para garantir que está livre do vírus.
As demais regras gerais para doação de sangue continuam valendo: os interessados devem ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg e estar bem hidratado e alimentado no dia, sem consumo recente de comidas muito gordurosas ou álcool. Somente um documento com foto é exigido no momento do cadastro ou identificação.
E a vacina?
Quem já tomou uma, duas ou até três doses da vacina contra a covid-19 também pode voltar a doar sangue depois de alguns dias da aplicação.
Segundo a recomendação do Ministério da Saúde, a janela de intervalo entre a imunização e a doação depende da vacina aplicada: no caso da Coronavac, é preciso aguardar 48 horas, enquanto as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou Janssen exigem um período de sete dias.
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