Quantas pessoas são necessárias para montar um robô do zero?

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Um recente relatório da empresa de análise e consultoria GlobalData estima que a indústria robótica mundial, avaliada em US$ 45 bilhões em 2020, chegará a valer impressionantes US$ 568 bilhões em 2030, com taxa de crescimento de 29% ao ano.

Ainda de acordo com o documento, espera-se que todos os segmentos do setor experimentem avanços consideráveis — que, por sua vez, impactarão diversas outras áreas.

Valter Klein Junior, coordenador do curso de Engenharia de Computação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), cita um dos benefícios gerados pelo desenvolvimento de novas tecnologias: "O futuro robotizado vai garantir ainda mais a sobrevivência da humanidade. Quanto mais robôs houver para realizar tarefas repetitivas de forma mais rápida em ambientes inóspitos para o ser humano, melhor será nossa qualidade de vida".

Para reforçar a importância dessas máquinas, Klein indica que existem dados e pesquisas atuais divulgados periodicamente pela International Society of Automation (ISA) que mostram o que a robotização fez pelas linhas de produção de alimentos. "Se não tivéssemos o nível de robotização atual, a fome no mundo seria pelo menos 15% maior", ressalta o profissional.

Obviamente, para que progressos tão ambiciosos sejam alcançados, é preciso que haja um recurso fundamental, responsável pela criação de hardware e software: especialistas de carne e osso — algo não tão abundante quanto o esperado, ao menos no Brasil.

robóticaIndústria robótica mundial experimentará crescimento impressionante até 2030. (Fonte: PaO_STUDIO/Shutterstock/Reprodução)

Mercado de robótica no Brasil

Máquinas, atualmente, dividem-se em duas grandes categorias: industrial (que inclui a execução de tarefas mecânicas diversas) e de serviços (que contempla desde necessidades relacionadas a saúde e segurança até limpeza e manutenção); logo, tudo depende de equipamentos, em diferentes níveis.

Sendo assim, a falta de mão de obra qualificada para as cadeias de produção é um dos maiores desafios nacionais a serem enfrentados, segundo o coordenador.

Isso porque, se crescer 10% em breve, o mercado brasileiro exigirá a implementação de maquinários eficientes, resultando em demanda de robotização massiva que seja capaz de atender aos anseios do consumidor, exemplifica Klein. Ele ainda faz um alerta: "Não teremos engenheiros e técnicos capacitados para atuar na linha de frente de implantação e manutenção desses robôs".

Quantas pessoas são necessárias para montar um robô do zero?

Mas, afinal, quantas pessoas são necessárias para montar um robô do zero?

Valter Klein Junior tem a resposta: "Para cada robô implantado, em todo o processo, desde a criação, necessitamos de uma equipe de pelo menos 10 engenheiros, sendo que, para cada engenheiro, precisamos de no mínimo 10 técnicos trabalhando em conjunto. Então, estamos falando de pelo menos 100 pessoas para colocar um robô em funcionamento em uma linha de produção".

Caso esteja pensando em entrar nesse mundo, saiba que existem diversos cursos de graduação que podem prepará-lo para agarrar oportunidades crescentes. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), uma universidade à frente do nosso tempo, dá a dica.

robóticaÉ preciso pelo menos 100 pessoas para colocar um robô em funcionamento em uma linha de produção. (Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock/Reprodução)

Prática desde o início

Na PUCPR, conta Klein, um estudante de graduação devidamente orientado com atividades extraclasse tem total capacidade de construir um robô com objetivo predeterminado. "Por exemplo, quem se candidata a entrar na equipe de Robótica da PUC tem treinamentos para construir um robô de combate de 1.340 gramas. Durante o processo de treinamento e construção, passa pela avaliação da equipe, capaz de traçar o potencial da pessoa e direcioná-la para a área de atuação correta, seja eletrônica, seja mecânica, seja de programação", adianta o especialista.

Tanta dedicação resulta em vantagens excelentes no mercado de trabalho, pois Valter Klein Junior diz que, em geral, os salários de profissionais que implantam robôs industriais variam de R$ 8 mil a R$ 15 mil, dependendo da região onde a empresa está sediada. Isso quando se fala do Brasil, ainda que fronteiras não existam em uma área tão promissora.

Confira alguns dos cursos de graduação relacionados a robótica disponíveis na número 1 do Paraná:

  • Engenharia de Controle e Automação: com disciplinas como Robótica Colaborativa, Internet das Coisas, Engenharia de Dados e Smart Factories (Transformação Digital — Indústria 4.0), torna o estudante capaz de solucionar problemas de engenharia, participar de projetos estratégicos e agir na tomada de decisões.

  • Engenharia de Computação: este curso com mais de 30 anos de tradição, tem foco em aprofundar técnicas de modelagem, projeto e programação de software básico e aplicado, e desenvolve expertises como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Automação Industrial, entre diversas outras.

  • Engenharia Mecânica: capacita quem o cursa a realizar o estudo da viabilidade técnica e econômica das mais diversas soluções em máquinas e equipamentos por meio de disciplinas nas áreas de Materiais, Ciências Térmicas, Processos de Fabricação e Mecânica dos Sólidos.

  • Engenharia Mecatrônica: focado no desenvolvimento de sistemas ciber-físicos para propor produtos, serviços e negócios inovadores e alinhado às tendências da Indústria 4.0. Nele você cursará disciplinas como Robótica Autônoma e Robótica Colaborativa, Biônica, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina.

  • Engenharia de Software: promove o desenvolvimento de competências que permitem atuar, de forma inovadora e colaborativa, em diversas atividades no mercado, incluindo: especificação, implementação e teste de produtos de software, melhoria do desempenho de processos, gerenciamento de projetos, portfólios e equipes de alto desempenho, criação de negócios inovadores em Tecnologia da Informação (TI) e desenvolvimento de pesquisa aplicada.

Tenha o peso de um diploma PUCPR

Não pense que o mundo pertencerá apenas a quem entende de máquinas. Habilidades múltiplas são cada vez mais essenciais, por isso a PUCPR valoriza soft skills e na instituição toda grade curricular é permeada com valores para toda a vida. Valores que fazem crescer como ser humano.

No mais, Klein destaca: "A robotização com certeza vai substituir a mão de obra humana em ambientes insalubres, em produções de grande escala, mas cada vez mais teremos produtos fabricados por seres humanos e que serão extremamente valiosos".

Desenvolva o seu multiverso com o vestibular agendado PUCPR e conte com corpo docente e infraestrutura qualificadas e a flexibilidade de escolher o melhor momento para realizar a sua prova! O futuro depende de quem o constrói, e na PUCPR você se prepara para participar dessa conquista.

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