A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta sexta-feira (29) que os cinco diretores da agência receberam ameaças de morte caso aconteça a aprovação das vacinas contra a covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos de idade. A intimidação foi feita por email.
Segundo a nota publicada pela agência, as ameaças também foram direcionadas a instituições escolares do Paraná.
"Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis", diz o comunicado da instituição.
Os atos de intimidação são mais um movimento de um grupo antivacina crescente no Brasil, que ignora os benefícios dos imunizantes e da ciência para combater doenças infecciosas como a covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz parte do grupo que espalha medo e notícias falsas para que as pessoas não tomem as vacinas já aprovadas para uso no país. Na quinta-feira (21), Bolsonaro leu em uma transmissão ao vivo textos com informações falsas que afirmavam que, no Reino Unido, pessoas vacinadas estariam desenvolvendo Aids.
O presidente foi desmentido por especialistas, sociedades médicas e autoridades sanitárias. Os vídeos foram removidos do Facebook, Instagram e YouTube no início desta semana.
Aprovação da vacina para crianças nos Estados Unidos
Nesta sexta, a FDA (Food and Drug Administration), agência regulatória dos Estados Unidos, autorizou o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade. A vacinação deve ter início alguns dias depois que o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) confirmar a autorização.
De acordo com dados divulgados no dia 22 de outubro, a vacina da Pfizer apresentou alta eficácia para prevenir covid sintomática em crianças. A empresa disse que deve pedir a autorização para uso do imunizante em crianças no Brasil ainda no mês de novembro.
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