(Fonte da imagem: Divulgação/Britton/NIST)
Um estudo publicado na revista Nature mostra que a computação quântica parece ser mesmo o futuro em termos de desenvolvimento tecnológico. Pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, afirmam ter projetado um pequeno cristal tão poderoso que, para igualar sua capacidade de processamento, seria preciso um computador do tamanho do universo.
O simulador de cristal é composto de apenas 300 átomos e usa uma propriedade mecânica quântica chamada de superposição, quando um partícula parece estar em dois estados diferentes ao mesmo tempo. Isso significa que a partícula, conhecida como qubit, pode ser usada para resolver duas equações simultaneamente.
Com o aumento do número de qubits, o número de estados aumenta exponencialmente. Dois qubits, por exemplo, podem estar simultaneamente em quatro estados. De acordo com Michael Biercuk, coautor do estudo, o poder de computação do cristal supera de longe a capacidade dos computadores atuais.
“Para atingir essa capacidade de processamento, precisaríamos de um computador do tamanho do universo, nos moldes que conhecemos hoje, o que é claramente impossível de ser alcançado”, explica. Entretanto, Biercuck acredita que a computação quântica está cruzando alguns limites em que será impossível verificar se as coisas estão funcionando perfeitamente.
“Os átomos não são facilmente controlados como acontece em um computador clássico, o que pode nos levar a uma nova variedade de problemas”, completa Michael. “As máquinas com essa tecnologia ainda dependem de uma grande quantidade de infraestrutura técnica em torno delas, como câmaras de vácuo, bombas e lasers e tudo isso pode ocupar um cômodo inteiro”, finaliza.
Fonte: ABC Science
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