Um possível novo planeta pode ocupar o antigo posto de Plutão no Sistema Solar. Cientistas acreditam que o chamado Planeta 9 possa fazer parte do conjunto de corpos celestes sob domínio de nossa estrela, devido aos efeitos gravitacionais que ele exerceria na distribuição e órbita de outros objetos distantes.
O possível candidato a gigante de gelo deve possuir massa equivalente a cinco vezes a massa da Terra, localizado a cerca de 10 vezes a distância entre Netuno e o Sol.
A hipótese sobre a existência de um novo planeta tem como base uma anomalia gravitacional no Sistema Solar externo — alvo de um estudo em 2016. Astrônomos apontam que essa força pode ser responsável por “puxar” pequenos corpos gelados na região do Cinturão de asteroides de Kuiper, situado além da órbita de Netuno e próxima da órbita de Plutão.
Ilustração do Planeta 9Fonte: NASA/Reprodução
Um novo trabalho, conduzido pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), destacou que o fenômeno incomum tem 0,4% de chance de acontecer sem a necessidade de um gigante, o que aumenta as suspeitas de não se tratar de uma coincidência. Ao invés de esses objetos apresentarem um movimento padrão e independente, foi revelado que eles formam um agrupamento atípico de mesma orientação — resultado da atração por um corpo próximo com massa significativa.
O estudo foi publicado no formato pré-print (ainda sem ser revisado por outros cientistas) em agosto.
Apesar de a existência do Planeta 9 ainda não ser comprovada, especialistas acreditam que novos cálculos de órbitas devem entregar um veredito em breve. Nesse contexto, a dúvida científica também poderá ganhar uma resposta através de dados fornecidos por futuras missões espaciais e telescópios, dentre eles o Observatório Vera Rubin — previsto para iniciar as operações em 2022.
ARTIGO "The orbit of Planet Nine"; disponível em ArXiv.org.
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