Um propelente oxidante líquido criogênico utilizado em foguetes espaciais desde a década de 1950, o oxigênio líquido (LOX) está em falta no mundo atualmente, devido à alta demanda em hospitais para atendimento de pacientes da covid-19. A diretora de operações (COO) e presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell reconheceu, na terça-feira (24), que a escassez pode afetar os próximos lançamentos da empresa.
Falando no 36º Simpósio Espacial, realizado em Palm Springs, nos EUA, Shotwell explicou que muitos fornecedores de combustível para os foguetes Falcon 9 dependem do LOX, que é usado como oxidante para inflamar o querosene que alimenta os motores Merlin dos foguetes. “Certamente vamos assegurar que os hospitais tenham o oxigênio líquido”, diz a COO, “mas se alguém tiver algum sobrando, envie-me um email”, brincou.
Falta de oxigênio líquido atrasa cronograma da SpaceX
Interior do tanque de combustível do foguete Falcon 9 (Fonte: SpaceX/Reprodução.)Fonte: SpaceX
Shotwell não forneceu detalhes sobre os impactos da falta de LOX no novo cronograma de lançamentos da SpaceX. Mas já se sabe que o novo motor Raptor, que equipará o foguete Super Heavy, utiliza uma mistura de metano liquido super-resfriado e LOX como propelentes.
Em comunicado, a empresa de Elon Musk informou que os lançamentos de satélites da rede Starlink, projeto que promete fornecer internet para todo o planeta, estão interrompidos desde 30 de junho.
Nos últimos dias, com a rápida disseminação da variante delta da covid-19 em vários países do mundo, os hospitais voltaram a ficar cheios de pacientes, e cada vez mais o LOX, sob a forma de oxigênio hospitalar, tem sido solicitado em diversos locais. Com o crescente aumento do número de infectados, a produção industrial de oxigênio líquido tem se revelado insuficiente para atender à demanda.
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