Ao pensarmos em explosivos, é normal lembrarmos logo das bombas nucleares. Esses dispositivos de destruição em massa se destacam por conta de seu poder avassalador e representam o ápice da ciência da criação de explosivos.
Porém, há bombas não-nucleares que também chamam a atenção por conta de seu poder destrutivo. Elas não se baseiam no princípio atômico das bombas nucleares, mas nem por isso podemos dizer que elas são menos assustadoras.
O site Interesting Engineering elaborou uma lista com as bombas não-nucleares mais explosivas da história e nós separamos o resultado para você a seguir.
Trinitrotolueno (TNT)
O Trinitrotolueno, mais conhecido pela sigla TNT, é um dos explosivos mais conhecidos de todos. Ele é tão famoso que serviu de base para o cálculo de destruição das bombas que foram criadas depois dele.
O TNT é um composto sintético (não pode ser achado na natureza), geralmente com um tom pálido amarelado. Ele é muito importante para a indústria por responder muito bem ao iniciador da explosão (geralmente a pólvora) e mudar rapidamente de fase, do estado sólido para o gasoso.
Explosão em pedreira de mineração (créditos: wandee007/Shutterstock)
Esse explosivo é criado com a nitração gradual do tolueno, descoberta feita pelo químico alemão Joseph Wilbrand em 1863. Apesar de seu poder destrutivo, o TNT é um material relativamente seguro de se manipular por conta de sua resistência a choques e sua explosão só poder ser iniciada por um detonador.
Dinamite
A dinamite divide o ranking de mais famoso com o TNT, sendo 2,5 vezes mais potente que o TNT e mais utilizado na indústria como explosivo. Esse composto foi criado em 1866 por Alfred Nobel, químico e inventor sueco que criou a premiação que leva o seu nome.
Palitos de dinamite (créditos: KIM JIHYUN/Shutterstock)
Essa mistura à base de nitroglicerina e algum material absorvente (como serragem, argila ou pó de conchas), é considerada mais segura do que a pólvora ou a nitroglicerina em seu estado puro. Por conta disso, a indústria da mineração, construção e demolição dão preferência para esse explosivo.
Quando comparado ao TNT, a dinamite é mais leve, potente e explode de forma mais rápida.
Tetranitrato de pentaeritrina (PETN)
O tetranitrato de pentaeritrina (também conhecido pela sigla PETN) é um explosivo químico com grande aplicação na indústria bélica. Diferente da dinamite e do TNT, o PETN é muito sensível a choques físicos, motivo pelo qual é considerado bastante instável.
O PETN é geralmente criado na forma de pó, mas pode ser encapsulado na forma de lâminas. Quando combinado com o TNT — substância chamada de pentolite que é utilizada para a criação de granadas, cartuchos de munição de artilharia e até explosivos usados em bazucas.
Triperóxido de triacetona (TATP)
Também conhecido como peróxido de acetona, esse composto é produzido pela reação da acetona com o peróxido de hidrogênio. O resultado é um explosivo na forma de cristais sólidos extremamente sensível à impactos, fricção, eletricidade estática e calor.
O TATP, com poder destrutivo equivalente a 0,8 TNT (ou seja, 80% da capacidade explosiva do TNT) pode ser construído com materiais relativamente fáceis de achar e por isso é muito utilizado por terroristas e guerrilhas ao redor do globo. Para esses grupos, o explosivo recebe o nome de “mãe de satã”.
O triperóxido de triacetona não contém nitrogênio em sua composição, o que torna o explosivo difícil de ser identificado. O elemento geralmente é utilizado como marcador para identificar bombas caseiras.
Fontes