Todo sábado, o TecMundo e o AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência, que é a mais antiga de todas!
Nesta semana, temos uma infinidade de galáxias, expansão do universo, o maior reservatório de água que existe, belas imagens da Lua, e o futuro do Sistema Solar. Vamos lá?
#1: O universo é muito maior do que você imagina!
Quantas galáxias há no Universo? ??
— Patricia Cruz, PhD (@patyccruz2) August 5, 2021
O Campo Ultra Profundo do Hubble permitiu estimar o n° de galáxias no Universo observável: cerca de 200 BILHÕES.
E pode ter ainda mais!
Um estudo de 2016 sugere que esse n° pode ser 10x MAIOR! ??#AstroMiniBR #DeepFieldWeek
via @NASAHubble pic.twitter.com/x6rlJljgen
Entre setembro de 2003 e janeiro de 2004, o Telescópio Espacial Hubble mirou para uma minúscula região no céu, tão pequena que seu tamanho equivale a apenas um décimo do diâmetro da Lua cheia quando vista da Terra. A razão pela qual a observação foi feita deve-se ao fato de que essa era uma região aparentemente “vazia” no céu, com uma baixa densidade de estrelas e, para simplificar, os astrônomos queriam saber o que haveria lá, se houvesse tempo suficiente de observação. O resultado foi espantoso: cerca de 10.000 galáxias apareceram onde aparentemente só existia o vazio. Essa imagem ficou conhecida como o Campo Ultra Profundo do Hubble (Hubble Ultra Deep Field). Essa é a imagem mais profunda já feita do Universo no espectro visível e mostra apenas uma parcela muito pequena das 200 bilhões de galáxias que as estimativas apontam existir! Esse número, entretanto, pode ser ainda maior: os limites superiores de algumas estimativas apontam que o Universo possa abrigar cerca de 2 trilhões de galáxias!
#2: E há quanto tempo existe algo tão grande assim?
COMO SABEMOS A IDADE DO UNIVERSO?
Estima-se que o universo tenha cerca de 13.8 bilhões de anos. Essa medida é feita de duas formas comparativas: observando a luz dos objetos mais antigos do universo, e medindo a taxa de expansão do mesmo em diferentes distâncias#AstroMiniBR pic.twitter.com/cx30xBUTNo
Desde a descoberta de que o universo está em expansão, em 1927 e 1929 (duas descobertas independentes feitas pelos astrônomos Georges Lemaître e Edwin Hubble, respectivamente), é bem conhecido que, em média, as galáxias distantes se afastam cada vez mais umas das outras à medida que o tempo passa. O que aconteceria, então, se esse movimento fosse visto em retrospectiva? Foi um questionamento similar a esse que gerou os primeiros pensamentos daquela que hoje é conhecida como Teoria do Big Bang, que por sua vez está relacionada a um modelo padrão do funcionamento do universo, chamado de modelo Lambda-CDM (do inglês, lambda cold dark matter). Ora, se as galáxias se afastam cada vez mais umas das outras, em algum momento do passado elas estavam muito mais próximas do que hoje. Se esse movimento for rastreado de volta ao tempo zero, esse seria o instante em que tudo teve um início. Entende-se que esse momento ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, que é justamente a idade do Universo!
#3: Qual é o maior reservatório de água que existe?
O maior reservatório de água do universo se localiza na proximidades de um buraco negro supermassivo!
O quasar APM 08279+5255 abriga, pelo menos, 25 mil massas solares de vapor de água aquecido pela poeira desta galáxia!#AstroMiniBR #SábadoGaláctico pic.twitter.com/sVZvCzIK0i
Errou se você pensou nos oceanos do nosso planeta Terra. Se você é um entusiasta da astronomia e pensou que o maior reservatório de água encontra-se abaixo das camadas de gelo de Ganímedes, distante lua de Júpiter, você errou também. O maior reservatório de água já descoberto no Universo está localizado em um lugar pouco comum: o distante quasar APM 08279 + 5255, uma região brilhante e violenta no espaço alimentada por um buraco negro supermassivo em seu centro. Esse imenso reservatório, distante 12 bilhões de anos-luz de distância de nós, está em forma de vapor d’água e corresponde a pelo menos 140 trilhões de vezes a quantidade de água de todos os oceanos da Terra combinados. Isso é cerca de 20 bilhões de vezes mais massivo que o nosso Sol!
#4: A Lua em imagens de falsa cor!
A Lua como você nunca viu! ??
As cores falsas usadas nestas imagens são muito úteis para entender a composição da superfície lunar! As áreas em vermelho correspondem às terras altas e as cores azul e laranja indicam o antigo fluxo de lava vulcânica!#AstroMiniBR
(c) NASA/JPL pic.twitter.com/ONz1gO6a3n
Essas imagens foram tiradas em dezembro de 1992 pela sonda Galileo, quando esta rumava em direção ao seu destino final, a órbita de Júpiter. Quando estes registros foram feitos, a sonda estava a 425.000 quilômetros da Lua e a apenas 69.000 quilômetros da Terra. As imagens foram combinadas e processadas com falsas cores para possibilitar uma melhor compreensão das características da superfície lunar. As áreas que aparecem em vermelho geralmente correspondem às terras mais elevadas em relação ao solo, enquanto tons de azul e laranja indicam o antigo fluxo de lava vulcânica dos mares da Lua. O Mar da Tranquilidade (mare tranquillitatis), local de pouso do módulo lunar da missão Apollo 11, em 20 de julho de 1969, é visto como uma mancha de um azul escuro acima à direita na imagem 2 e abaixo à esquerda na imagem 1.
#5: Qual será o futuro do Sistema Solar?
O futuro do sistema solar será uma nebulosa planetária!
No fim de sua vida, o Sol irá ejetar suas camadas mais externas, produzindo estruturas parecidas com essas ??
No centro, restará o seu núcleo na forma de uma estrela anã branca ?#AstroMiniBR pic.twitter.com/FUEbAOe81c
Estrelas de pouca massa, como o nosso Sol, não terminam seu ciclo de vida nas gigantescas explosões termonucleares conhecidas como supernovas. Ao invés disso, seu futuro é relativamente mais tranquilo e menos dramático. Nos últimos bilhões de anos de vida do Sol, diversas mudanças irão ocorrer na sua estrutura, desde a falta de hidrogênio em seu núcleo para queimar até o seu crescimento para uma estrela gigante vermelha. Em seus últimos suspiros, o Sol irá ejetar suas camadas mais externas para o espaço até formar uma nebulosa planetária: uma estrutura com camadas brilhantes de plasma e anã branca remanescente no seu centro, que irá esfriar lentamente até apagar por completo.
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