A NASA adiou o voo teste da nave espacial Starliner da Boeing depois que a Estação Espacial Internacional (ISS) recebeu um impacto não planejado durante o acoplamento do módulo científico Nauka.
Os propulsores do equipamento russo foram acionados de forma inesperada, causando um movimento da estação de 45 graus fora da altitude normal. No momento, os cosmonautas Oleg Novitskiy e Pyotr Dubrov estavam no processo de "integração" da nova espaçonave com os sistemas de computador da ISS.
Apesar do incidente, a tripulação da estação espacial não correu perigo. A situação foi controlada rapidamente utilizando os motores do módulo Zvezda, onde a Nauka estava atracada, e dos propulsores da nave de carga Progress.
Adiamento para verificações
Estava tudo pronto em Cabo Canaveral para o segundo lançamento da Starliner nesta sexta (30). (Fonte: NASA/Reprodução)Fonte: NASA/Reprodução
De acordo com a agência espacial norte-americana, o adiamento vai permitir que a equipe da ISS realize uma verificação completa no módulo recém-acoplado “para garantir que a estação esteja pronta para a chegada da Starliner”.
O lançamento estava previsto para sexta-feira (30), às 15h53 no horário de Brasília. Ainda não existe uma nova data oficial para a missão não tripulada da Starliner. A próxima janela de oportunidade para lançamento será na terça-feira, dia 3 de agosto, às 14h20.
Segundo teste não tripulado
A Starliner é a entrada da Boeing no Programa de Tripulação Comercial da NASA, que atualmente conta apenas com naves espaciais da SpaceX para transportar astronautas para a ISS. A empresa de Elon Musk já transportou astronautas para a estação espacial em dois voos com a Crew Dragon, enquanto a Boeing ainda não conseguiu completar seus testes não tripulados.
O lançamento adiado será a segunda tentativa da cápsula Starliner de demonstrar a sua segurança. No primeiro voo teste realizado em dezembro de 2019, a nave não conseguiu chegar à ISS devido, principalmente, a problemas de software, mas conseguiu pousar com segurança logo após o início da missão.
Em 2020, a Boeing resolveu refazer a missão de demonstração por conta própria para garantir que todos os objetivos sejam cumpridos antes dos astronautas utilizarem a nave.
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