O voo inaugural do programa Artemis, que levará a espaçonave Orion para uma volta ao redor da Lua, não terá tripulantes. Mas a missão, prevista para decolar em novembro, impulsionada pelo foguete Space Launch System (SLS), levará diversas cargas úteis ao espaço.
As cargas incluem dois satélites miniaturizados (CubeSats) revelados pela NASA nessa terça-feira (27). Um deles é o Team Miles CubeSat, desenvolvido pela Miles Space, que usará propulsores de plasma para testar o método no espaço profundo, com o objetivo de estabelecer um novo recorde.
“Do tamanho de uma caixa de pão”, este CubeSat será movido pela propulsão que usa ondas eletromagnéticas de baixa frequência. Um sofisticado computador de bordo conduzirá o minúsculo satélite de forma autônoma, enquanto seu sistema de rádio fará a comunicação com a Terra.
CubeSat da Team Miles terá propulsores de plasma.Fonte: NASA/Divulgação
Se bem-sucedida, a missão do Team Miles CubeSat viajará mais longe do que qualquer nave de tamanho similar já foi. A expectativa da equipe é que o equipamento percorra pelo menos 96 milhões de quilômetros, quase o dobro da distância mínima entre a Terra e Marte.
EQUULEUS
O outro CubeSat recém-apresentado como integrante da missão Artemis I é o EquilibriUM Lunar-Earth point 6U (EQUULEUS). Desenvolvido pela Agência de Exploração Aereoespacial do Japão (JAXA), em parceria com a Universidade de Tóquio, ele viajará até o Ponto de Lagrange L2, entre a Terra e a Lua.
Lá, a minúscula nave japonesa demonstrará técnicas de controle de trajetória entre o Sol, a Terra e a Lua, além de registrar imagens da plasmasfera terrestre, região da atmosfera carregada de elétrons e partículas altamente ionizadas. O EQUULEUS também medirá flashes de impacto de meteoros e a poeira ao redor do ambiente lunar.
Ambos os satélites miniaturizados viajarão no adaptador de estágio da Orion, junto com as demais cargas úteis. Eles serão implantados assim que a espaçonave se separar do SLS.
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