O rover Curiosity da NASA pode ter localizado uma misteriosa fonte de metano em Marte, gás cuja produção costuma ser associada a micróbios. A descoberta foi relatada em um estudo feito por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, divulgado em junho e ainda não revisado.
No Planeta Vermelho desde 2012, o jipe robô já detectou partículas de metano pelo menos seis vezes nos últimos anos, mas até então a missão não havia conseguido identificar a fonte delas. Tudo mudou a partir desta nova análise conduzida por especialistas da Caltech.
Considerando a direção e a velocidade do vento na hora da detecção, em todos os momentos registrados pelo equipamento, os especialistas puderam rastrear o gás até regiões de onde ele estaria saindo. Para a surpresa dos pesquisadores, uma das fontes fica a dezenas de quilômetros de distância do rover.
O Curiosity é um dos equipamentos ativos da NASA em Marte, atualmente.Fonte: NASA/Divulgação
“As descobertas apontam para uma região de emissão ativa a oeste e sudoeste do Curiosity, no fundo da cratera noroeste”, escreveram os autores. Eles ficaram empolgados com a possível descoberta, realizada a partir das detecções do instrumento Tunable Laser Spectrometer do robô.
Sinal de vida em Marte?
A maior parte do metano presente na atmosfera terrestre é originada de fontes biológicas, segundo os cientistas. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que essa assinatura do gás em Marte poderia ser um sinal fundamental para encontrar vida no desértico solo do planeta.
Por outro lado, há chances de que a produção do metano marciano tenha relação com processos não biológicos. O detalhe é que isso também seria positivo, pois sugeriria uma atividade geológica relacionada à presença de água líquida, ingrediente essencial para a vida passada ou presente prosperar.
O próximo passo dos pesquisadores é confirmar a localização da fonte do metano, para então tentar determinar que tipo de processo estaria levando à sua produção.
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