Nesta quarta (14), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ou Anvisa, deu aval para dois estudos, candidatos a vacina contra o covid-19, fazerem testes clínicos no Brasil. As pesquisas possuem tecnologias diferentes e, ao todo, devem abranger nove estados, envolvendo mais de 8 mil voluntários.
Instituto chinês
O primeiro estudo é do Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas, que está desenvolvendo um imunizante que possui método semelhante ao da CoronaVac, com o uso da tecnologia de vírus inativo. A liberação é da fase 3, última exigida pela Anvisa, tendo como objetivo avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina.
A vacina do Instituto Chinês utilizará o método de imunização semelhante ao da CoronaVac. (Fonte: Folha de S. Paulo)Fonte: Folha de S. Paulo
Os testes do instituto chinês acompanharão 7.992 brasileiros de 4 estados diferentes: Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e São Paulo. Além de China, México, Bangladesh e Malásia, totalizando mais de 34 mil voluntários.
AstraZeneca
O segundo estudo consiste em uma modificação da vacina AstraZeneca com suporte contra a variante da África do Sul (Beta). Utilizando a tecnologia de vetor adenovírus recombinante — mesma utilizada na vacina aplicada atualmente, o imunizante será modificado para ganhar mais eficácia.
Neste caso, o aval é para as fases 2 e 3 do estudo clínico, com aplicação aleatória entre pessoas vacinadas, não vacinadas e soronegativas. O objetivo é alcançar o máximo de cobertura verificando dados de segurança e eficácia. A AstraZeneca patrocinará os testes, mas a vacina será fabricada pela empresa Symbiosis Pharmaceutical Services, também do Reino Unido.
Segundo a Anvisa, 800 pessoas devem participar dos testes clínicos espalhados em 6 estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além do Brasil, os experimentos também contarão com voluntários no Reino Unido, África do Sul e Polônia, totalizando 2.475 participantes.
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