A corrida pela primazia no turismo espacial continua acirrada. Depois que Jeff Bezos anunciou sua ida ao espaço, no primeiro voo tripulado de sua Blue Origin, no dia 20 de julho, o bilionário britânico Richard Branson revelou, na quinta-feira (1º), que irá viajar a bordo do foguete VSS Unity, de sua empresa Virgin Galactic, nove dias antes do fundador da Amazon e da Blue Origin.
Vendo seu chefe ser passado para trás, o CEO da Blue Origin, Bob Smith, apressou-se em dar uma declaração bombástica ao The New York Times. Segundo o executivo, embora decole antes de Bezos, Branson não voará mais alto do que o fundador da Amazon, e nem sequer irá ao espaço. Segundo o executivo, a nave da Virgin Galactic, SpaceShip Two, não consegue atingir a altitude de 100 quilômetros, que caracteriza a “borda” do espaço sideral.
Bob explicou por e-mail que somente a sua New Shepard consegue ultrapassar esse limite. “Desejamos um voo ótimo e seguro, mas eles não irão voar acima da linha de Karman, é uma experiência muito diferente”, concluiu o executivo, devolvendo a água para o chope do concorrente.
As diferenças entre os voos da Virgin Galactic e da Blue Origin
Fonte: The Register/ReproduçãoFonte: The Register
Essas briguinhas entre bilionários, como Branson e Bezos — além do também “barulhento” Elon Musk —, têm como pano de fundo uma nova era de voos comerciais ao espaço, tanto turísticos como de prestação de serviços para governos, com perspectivas de verbas estratosféricas.
Embora Smith tenha falado sobre um voo mais alto de sua espaçonave, o comandante da Blue Origin não detalhou as diferenças entre as experiências de Branson e Bezos. E não fez isso porque não há, na realidade, nenhuma grande diferença: ambos os voos serão suborbitais. No entanto, o fundador da Amazon poderá experimentar uma possível ausência de gravidade por três minutos, isso se a New Shepard atingir a altitude desejada.
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