Em agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve desligar o supercomputador chamado Tupã, responsável por prever o tempo, emitir alertas climáticos, coletar e monitorar dados para pesquisas e desenvolvimento científico.
Segundo o Instituto, o desligamento — o primeiro da história — será realizado por falta de recursos. Neste ano, o Inpe recebeu o menor orçamento vindo do Governo Federal, totalizando R$ 44,7 milhões. No total, eram previstos o encaminhamento de R$ 76 milhões de verba. Para efeito de comparação, só o supercomputador consome R$ 5 milhões por ano de energia elétrica.
Como resposta, o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) enviou um documento ao Ministério Público, pedindo a manutenção do monitoramento e um plano urgente para a gestão da crise. O mesmo documento também foi enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) e às defensorias públicas das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Consequências
"É inaceitável que em um momento como esse, diante da crise hídrica esperada no segundo semestre, com aumento dos preços da energia e risco de racionamento de água, o supercomputador seja desligado, com o argumento de falta de verbas", afirma Carlos Bocuhy, presidente do Proam.
A professora da Universidade de São Paulo, Yara Schaeffer-Novelli, explica que o desligamento será extremamente prejudicial para os estudos do clima, dificultando, inclusive, o monitoramento de queimadas, estiagens e mudanças climáticas no Brasil.
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