Na última terça-feira (08), o helicóptero Ingenuity, da NASA, completou seu sétimo e ousado voo em Marte com sucesso. Desta vez, o equipamento percorreu 106 metros de distância em relação a seu ponto original e pousou em uma área inédita, sobre a qual pouco se sabia.
Expectativas apontavam que o local era seguro e plano, graças a dados do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) — que captura imagens do espaço —, mas certeza, mesmo, as equipes só tiveram ao fim da operação.
A princípio, a agência espacial planejava apenas cinco pequenas viagens. Entretanto, o desempenho do explorador se mostrou tão promissor que a cautela inicial deu lugar à confiança — e, enquanto o dispositivo permanecer ativo, será utilizado em testes cada vez mais ambiciosos.
Dessa forma, ele executará tarefas importantes ao planejamento de futuras missões que envolvam reconhecimento e mapeamento de terrenos acidentados que rovers não são capazes de acessar.
Ingenuity registra foto de sua sombra antes de pousar.Fonte: Reprodução/NASA/JPL-Caltech
Em sua sexta empreitada, em 22 de maio, o Ingenuity quebrou um recorde, já que se afastou 213 metros de onde partiu. Na ocasião, falhas no sistema o colocaram em risco, só que, felizmente, ele recuperou sua estabilidade e chegou em segurança ao solo, mesmo que a cinco metros do alvo original. Essa foi a primeira vez em que demonstrou suas habilidades frente ao desconhecido.
Até que o destino os separe
Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária da NASA, explica em qual estágio se encontram os procedimentos com o helicóptero. "Estamos na fase de, tipo, 'vamos ver no que vai dar'", diz a cientista, revelando que quaisquer conquistas daqui pra frente serão um bônus muito bem-vindo às pesquisas na Terra, já que toda informação sobre o comportamento de tecnologias no ar marciano é de vital importância para as operações.
Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária da NASA.Fonte: Reprodução/NASA
Falando do rover Perseverance, registrar o que seu "amiguinho" anda aprontando já não é mais uma prioridade. Apesar de ter capturado fotos e vídeos dos cinco primeiros voos, agora começou a se dirigir ao sul no Planeta Vermelho, para onde tentará coletar sua primeira amostra do chão de lá. Quando juntar uma verdadeira coleção, é possível que a guarde para que, um dia, ela chegue a nosso lar.
Graças à sua capacidade de análise, cientistas encontraram a primeira evidência de antigos micróbios alienígenas, fósseis no fundo do que foi, em algum momento, o leito de um lago. Quem sabe o que mais terá a nos contar?
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