O CEO da SpaceX, Elon Musk, revelou no último sábado (29) que, a cada 48 horas, a empresa consegue produzir uma unidade do motor Raptor. Anunciado em 2016, esse equipamento estará presente nos foguetes Starship — que, conforme anunciado pela NASA, serão responsáveis por levarem astronautas à Lua até 2024 pelo Programa Artemis. Caso a missão seja bem sucedida, as naves também serão utilizadas pela SpaceX para a exploração de Marte.
A informação foi divulgada pelo empresário no Twitter em resposta a um comentário do youtuber Tim Dodd, proprietário do canal Everyday Astronaut, que questionou se a produção do foguete estava em um "gargalo". Rapidamente, Musk afastou a hipótese, negando um possível "gap" na produção e ainda deixando claro que a fabricação está a todo gás.
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Empresa de Jeff Bezzos critica SpaceX
Tim Dodd, no entanto, não foi o único a levantar dúvidas acerca da SpaceX. Após alguns voos testes realizados pela empresa que levaram à explosão de protótipos, membros da indústria e do governo estadunidense ficaram receosos. Na ocasião, a companhia de astronáutica Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, aproveitou a oportunidade para alfinetar sua concorrente: "O programa Human Landing System precisa de competição, não de atrasos".
Musk revela melhorias futuras
Além de rebater as especulações e críticas, Elon Musk deu mais detalhes sobre o motor. Em um outro post na rede social, ele disse que, atualmente, cada foguete Starship possui 28 motores Raptor.
Segundo sua previsão, contudo, esse número subirá para 32 até o final de 2021, após a implementação de melhorias e o aumento de empuxo, que alcançará 7,5 mil toneladas. Caso você não esteja familiarizado com o termo, empuxo é, basicamente, uma força que propulsiona os foguetes para o espaço.
Com Jeff Bezos fora da Amazon e dedicado à Blue Origin, a concorrência deve aumentar para a SpaceX e, certamente, a quantidade de farpas trocadas entre os empresários poderá ficar ainda mais intensa.
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