O Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) utilizou pela segunda vez uma impressora 3D como apoio em uma cirurgia realizada pela Divisão de Odontologia da instituição.
O procedimento realizado em março de 2021 foi a mandibulectomia, uma operação de alto nível de complexidade que envolve "a remoção total ou parcial do osso do queixo" e, além disso, a substituição da estrutura original por um conjunto de próteses.
A cirurgia envolve a remoção de ossos da mandíbula e a substituição por um conjunto complexo de próteses que deve ser testada várias vezes antes do implante.Fonte: Jornal da USP
Todas as etapas, da construção das placas até a cirurgia propriamente dita, foram realizadas por médicos, alunos e residentes do HU.
Ajuda da tecnologia
A impressora 3D foi utilizada para a criação de protótipos que serviram como base para a construção das próteses finais, que são peças de titânio.
A impressora doada pela Receita Federal pode ser aproveitada em aulas e cirurgias.Fonte: Jornal da USP
O modelo do departamento é um ANYCUBIC I3 MEGA, impressora 3D apreendida pela Receita Federal e doada à universidade para uso no setor de cirurgias e educação.
A parceria já existe desde 2011 e rendeu outra impressora 3D em 2018, esta utilizada pelo Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento para a realização de aulas mais interativas, já que é possível construir modelos modernos e resistentes de células e tecidos.
Esses equipamentos são capazes de gerar objetos detalhados e precisos.Fonte: Canal USP
A primeira cirurgia do setor de Odontologia que usou protótipos impressos em 3D também foi uma mandibulectomia, porém de menor complexidade que a última operação.
Agilidade e precisão
No caso da mandibulectomia realizada, os uso de protótipos tratados digitalmente e impressos no local agilizam o processo e tornam a adaptação do paciente mais rápida, já que questões de tamanho, mobilidade e formato são resolvidas anteriormente.
As peças feitas no próprio hospital facilitam testes e simulações do momento da cirurgia.Fonte: Jornal da USP
A própria operação acaba beneficiada: além das próteses, a equipe pode realizar simulações utilizando objetos em 3D feitos com base na região que será operada, tudo com medidas e formatos precisos coletados do paciente e trabalhados em softwares de modelagem.
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